E ela não foi

Cláudia falta pela segunda vez à sessão da CPI do Derosso

A jornalista Claudia Queiroz, mulher do presidente da Câmara dos Vereadores de Curitiba, João Cláudio Derosso (PSDB), não vai comparecer à sessão de hoje às 18h30 da CPI que investiga os contratos de publicidade da Câmara com sua empresa, a Oficina da Notícia, conforme estava anterioremente previsto. O seu advogado, Marcelo Ciscato, foi quem fez o anúncio agora à tarde.

O advogado alegou que o não comparecimento se deve a “razões pessoais”. Esta é a segunda vez que Cláudia Queiroz tem data para ir à CPI da Câmara que investiga denúncias contra Derosso (ele teria beneficiado a mulher em licitações de publicidade com contratos que atingiriam a soma de R$ 34 milhões) e não comparece. Na semana passada, Cláudia desmarcou na véspera seu depoimento já confirmado, escolhendo a data desta terça-feira para falar à CPI.

O presidente da CPI, vereador Emerson Prado (PSDB), afirmou que não sabia do não comparecimento de Cláudia Queiróz e que iria iniciar a sessão conforme estava programado. O advogado da jornalista informou que iria pessoalmente avisar os vereadores da ausência de sua cliente. 

A reunião desta terça-feira está mantida porque também está marcado o depoimento do diretor administrativo-financeiro da Câmara, João Carlos Milani. “Se confirmado que ela não vem mesmo, vamos notifica-la mais uma vez. Se precisarmos de uma terceira notificação, já será por via judicial”, disse Emerson Prado.

Por volta das 18h20, o advogado de Cláudia chegou à Câmara, sem querer dar entrevista, Ciscato disse que quer mais tempo para instruir melhor sua cliente e informou haver erro formal na notificação da jornalista. Ele disse que pretende apresentá-la à CPI na próxima semana. Ele entregou uma justificativa por escrito ao presidente da CPI.

Na justificativa, Cláudia alega que por compromissos pessoais e profissionais não poderia comparecer à reunião desta terça-feira. “Contudo, comprometo-me desde já a comparecer  perante o plenário da Câmara Municipal de Curitiba a partir do dia 14/11/2011 (inclusive), solicitando, outrossim, que seja procedida a minha  intimação pessoal e formal, com a informação de data e horários designados, na forma da legislação em vigor”. Emerson Prado abriu a sessão marcando para o próximo dia 14 o depoimento de Cláudia Queiroz.

Está difícil que essa comissão seja levada a sério. Para ouvir a comissão de licitações, precisamos ir à Justiça. Outro depoente não veio porque fez uma cirurgia, mas nós só descobrimos na hora. Agora, a peça-chave da investigação, desmarca, no dia, pela segunda vez”, reclamou Paulo Salamuni (PV).

Na próxima quarta-feira a CPI ouvirá um dos sócios da Visão Publicidade, Adalberto Gelbecke. O depoimento de Derosso já foi marcado para o dia 23.