Brasília – A discussão sobre o fim do voto secreto no Congresso é uma das questões que voltará a pauta da Câmara dos Deputados no próximo ano. Segundo o presidente da casa, Arlindo Chinaglia (PT-SP), a Câmara já votou em primeiro turno a proposta de emenda à Constituição (PEC), de 2001, que acaba com o voto secreto em qualquer votação em todas as Casas Legislativas, nos planos federal, estaduais e municipais.
A proposta ainda não foi para votação em segundo turno por falta de acordo entre os partidos. "Vamos ter que correr o risco [de votar em segundo turno a proposta do voto aberto]. Se votar, vou buscar o Senado para construir posições dentro das bancadas", acrescentou o presidente.
Outro assunto que vai merecer destaque no próximo ano, de acordo com Chinaglia, é a criação de mecanismos de combate à corrupção. "Nossa intenção é contribuir, na Câmara dos Deputados, para coibir todas aquelas possibilidades legais que facilitam a vida de alguém que pratique ou queira praticar corrupção", disse.
"A Câmara pretende criar um sistema onde se previna, se reprima e se possa reaver dinheiro público quando for roubado. Acho que esse é o desafio", acrescentou Chinaglia.
Outras matérias que devem ser prioridade para a Câmara são a reforma política e a reforma tributária. Ontem (19), o líder do PR na Câmara dos Deputados, Luciano Castro (RR), disse que o governo deverá enviar em fevereiro uma proposta de reforma tributária para o Congresso Nacional.