Bueno denuncia atuação de Riquelme

?O procurador-geral de Justiça (Milton Riquelme de Macedo) está desacreditando a instituição do Ministério Público do Estado (MPE)?. A afirmação é do presidente do PPS no Paraná, Rubens Bueno. A executiva do partido aprovou ontem uma nota pública onde pede que Riquelme de Macedo renuncie ao cargo.

A justificativa, explicou Bueno, após vista ao empresário Paulo Pimentel, é o relatório onde o corregedor-geral do MPE, Ernani de Souza Cubas Júnior, pediu a abertura de investigação contra o procurador-geral por causa de declarações feitas no programa eleitoral do governador Roberto Requião (PMDB) ano passado, onde afirmou que o governo do Estado nada tinha a ver com as denúncias contra o policial civil lotado na Casa Civil, Délcio Rasera.

?Trinta e dois membros do Colégio de Procurado do MPE concordaram com o relatório e votaram a favor que se abrisse uma sindicância contra o procurador-geral. Mas era preciso que 41 membros votassem a favor. Isso por si só mostra que ele está desacreditado dentro da própria instituição?, afirmou o presidente do PPS. O partido já havia protocolado, na semana passada, um pedido para que o Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP) investigue o caso. Agora, segundo Bueno, Cubas Júnior também vai enviar seu relatório ao CNMP.

Para o presidente do PPS este caso, assim como o fato de o ?MPE não ter adotado medidas para combater o nepotismo no governo do Estado, geram dúvidas na sociedade se o procurador-geral de Justiça está pagando a nomeação dele?, referindo-se ao fato que nas duas eleições para procurador-geral, Riquelme de Macedo foi o segundo colocado na votação interna do MPE, porém foi nomeado por Requião as duas vezes.

O MPE informou, por meio da assessoria de imprensa, que o procurador-geral não vai se manifestar sobre as acusações do PPS e que é um procedimento de praxe enviar os relatórios das reuniões do Colégio de Procuradores ao CNMP.

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