O ex-governador e candidato ao Senado Beto Richa (PSDB) participa na manhã desta terça-feira (18) do primeiro encontro político com apoiadores desde que foi preso, há exatamente uma semana, pelo Grupo de Atuação Especial no Combate à Corrupção (Gaeco), braço do Ministério Público, no âmbito da Operação Rádio Patrulha. Richa foi solto na madrugada do último sábado (15), por determinação do ministro do Supremo Tribunal Federal Gilmar Mendes.
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Ele foi recebido por prefeitos e ex-prefeitos de várias cidades do Paraná e outras lideranças políticas do estado na sede de sua campanha, no bairro São Francisco, em Curitiba. O encontro começou com discursos de apoio ao candidato, que chorou nos primeiros minutos da reunião. Além de Beto Richa, o irmão Pepe Richa, também investigado, e Marcello Richa, seu filho, candidato a deputado estadual, estão presentes. Fernanda Richa, esposa de Beto e ex-secretária de estado, que também chegou a ser presa, não está no evento.
A todo momento, os discursos – rápidos mas cheios de ênfase ao legado do ex-governador – são interrompidos por aplausos e gritos de “honesto” e “viva o nosso futuro senador”.
A imprensa não teve acesso ao interior do comitê eleitoral.
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Entenda o caso Richa
A operação que prendeu o ex-governador é resultado de investigações que começaram em maio. A suspeita é de fraude nas licitações do programa Patrulha do Campo seguida de lavagem de dinheiro.
A apuração do Ministério Público culminou na expedição de 15 mandados de prisão temporária, que começaram a ser cumpridos na terça-feira (11). Além de Richa, também foram presos a esposa do ex-governador, Fernanda Richa; o irmão dele, Pepe Richa; e pessoas próximas ao tucano (Ezequias Moreira, ex-secretário de Cerimonial e Relações Internacionais, e Luiz Abi Antoun, primo do tucano). Eles negam irregularidades.
A operação prendeu, além de integrantes do grupo político de Richa, empresários envolvidos no suposto esquema. Entre eles estava Joel Malucelli – que, como estava em viagem na Itália, se apresentou ao Gaeco somente na sexta-feira (14).
Na noite de sexta-feira, no entanto, o ministro do Supremo Tribunal Federal Gilmar Mendes atendeu a um pedido da defesa e determinou a soltura de todos os presos por considerar a ação irregular.
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