O Paraná que Queremos

Ato público contra irregularidades na Assembleia acontece hoje

O presidente nacional da OAB, Ophir Cavalcante, estará em Curitiba hoje para participar do ato público convocado pela seção regional da entidade no Paraná contra irregularidades na Assembleia Legislativa.

A manifestação será realizada na Boca Maldita, a partir das 18 horas. A campanha “O Paraná que Queremos” surgiu a partir da publicação de denúncias de corrupção no Legislativo em reportagens da RPC e jornal Gazeta do Povo.

No ato, os participantes vão pedir o afastamento da Mesa Executiva da Assembleia Legislativa. A OAB defende a saída dos nove integrantes da Mesa e investigações das denúncias de existência de um esquema de desvio de recursos públicos através da contratação de funcionários fantasma e contas bancárias de “laranjas”.

No ato, a OAB irá apresentar um documento contendo as medidas que a entidade considera básicas para tornar transparentes as ações do Legislativo Estadual. Entre elas, está a apresentação de uma sugestão de texto para um projeto de lei estadual com as propostas da entidade.

Dirigente da OAB teve emprego na AL

Uma das entidades que criaram o Movimento “O Paraná que Queremos”, a OAB do Paraná está sendo alvo de denúncias de que dirigentes de seccionais do interior, assim como alguns de seus familiares, possuem ou possuíram vínculos empregatícios com a Assembleia Legislativa.

De acordo com documentos encaminhados à redação de O Estado do Paraná, entre as pessoas que atuaram ou foram nomeados para cargos comissionados na Assembleia Legislativa está o presidente da subseção de Francisco Beltrão, Hermes Alencar Daldin Rathier. Ele foi contratado como servidor comissionado da Casa, em 2009. Seu salário era de R$ 12 mil por mês.

Em abril deste ano, o presidente da OAB, José Lucio Glomb, instaurou processo administrativo para verificar se o advogado cometeu alguma irregularidade profissional ao prestar serviços na Assembleia Legislativa. Ele deixou o cargo antes de assumir a subseção de Francisco Beltrão.

O Conselho Pleno da OAB também foi comunicado e o processo administrativo está em curso. Os presidentes das seccionais da OAB de Pato Branco, Luiz Antonio Corona, e da OAB de União da Vitória, Jairo Vicente Clivati, também tem parentes que recebem salários como servidores comissionados da Assembleia Legislativa.

Procurada, a OAB do Paraná não se manifestou. A reportagem de O Estado também procurou os diretores da OAB nas seccionais em suas cidades, mas devido ao horário, após as dezoito horas, não houve resposta aos chamados telefônicos.