Alvaro Dias quer menos partidos políticos

O senador Alvaro Dias (PSDB-PR) defendeu durante visita na terça-feira a Ponta Grossa a redução de partidos políticos no Brasil. ?Temos partidos de sobra no país. Nos Estados Unidos, por exemplo, só existem dois grandes partidos?, disse o líder da oposição no Senado Federal. Para Alvaro, a redução de agremiações representa um avanço para aprimorar as instituições políticas no país. E, por esta razão, o senador também é favorável à cláusula de barreira, que impõe percentual mínimo para os partidos continuarem a existir.

Segundo Alvaro, ?com menos partidos será possível qualificar mais o debate no Congresso Nacional e também junto à sociedade?. O grande número de partidos não representa desenvolvimento político, principalmente no caso brasileiro, alega Alvaro. ?O que há hoje no País é uma desorganização partidária, com partidos sendo usados como siglas de aluguel?, disse ele. E por esta tazão, Alvaro defende ?o mais rápido possível a reforma política?.

O senador esteve no município paranaense para agradecer a votação que obteve na região dos Campos Gerais. Ele se reuniu com várias autoridades, entre elas o prefeito Pedro Wosgrau (PSDB), deputados, vereadores, o presidente do Núcleo Sindical Rural, Fernando de Paula, e também com produtores rurais, e prometeu valorizar cada voto recebido. ?Fiz pouca campanha e os que votaram em mim votaram pelo meu trabalho e souberam resistir às pressões das máquinas estadual e federal. Foi um voto com sabor especial?, disse.

Alvaro defendeu o fim da reeleição que hoje, na opinião dele, é sinônimo de abuso no uso da máquina pública. ?O presidente Lula está viajando para fazer campanha no aerolula, o avião luxuoso de U$ 56 milhões. E mesmo ele dizendo que está pagando a gasolina, viajar no avião presidencial, que se vendido daria para gerar 300 mil empregos na avicultura, é um símbolo do mal da reeleição?, afirmou.

Cartões

Ontem, na condição de líder da oposição, Alvaro foi ao Tribunal de Contas da União pedir ao presidente Guilherme Palmeira e ao ministro Ubiratan Aguiar agilidade nas investigações sobre o uso dos cartões corporativos pela presidência da República. O ministro Ubiratan, relator do processo, prometeu em 15 dias uma avaliação preliminar sobre os gastos com cartões utilizados por funcionários do Palácio do Planalto para pagar as despesas do gabinete do presidente Lula, da residência da Granja do Torto e dos ministros que assessoram diretamente o presidente.

Segundo dados preliminares, o governo pagou, entre janeiro e agosto de 2004, R$ 5,5 milhões em despesas com cartões de crédito. E em 2005, os gastos aumentaram. Até outubro, as faturas dos cartões somavam mais de R$ 10 milhões, segundo dados do Sistema de Acompanhamento Financeiro da Administração Federal (Siafi). O que mais preocupa os parlamentares é o volume de saques em dinheiro vivo feito por funcionários do Planalto através dos cartões, R$ 6,8 milhões só em 2005.

?O mais grave é que os ministros do TCU não receberam certos documentos, porque o governo alega que as despesas do presidente e da família são protegidas pela segurança nacional?, disse. 

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