Alvaro condena frisson sobre eleições de 2010

Em abril do próximo ano, e não antes disso, o senador Alvaro Dias (PSDB) irá conversar com o prefeito reeleito de Curitiba, Beto Richa (PSDB), sobre a sucessão estadual de 2010. Observando, ao longe, o movimento de lançamento da candidatura de Beto Richa (PSDB) ao governo em 2010, Alvaro afirmou que ninguém tem dúvidas de que o prefeito de Curitiba será uma peça importante do processo, mas considera que o debate agora é impróprio.

Alvaro, cujo mandato de senador só termina em 2014, não esconde que também tem pretensões de disputar o governo em 2010, mas acha que o PSDB não deveria alimentar um debate que foi provocado pelo PT, na campanha eleitoral deste ano, ao questionar quanto tempo Beto permaneceria na prefeitura se fosse reeleito. “Na campanha, era um motivo petista para desgastar o Beto. Era evidente que o eleitor não votaria para eleger alguém que ficaria um ano e três meses no cargo. Era uma estratégia contra o Beto”, comentou o senador.

A estratégia do PSDB para 2010 precisa ser traçada com inteligência e no momento certo, defendeu Alvaro. “Agora, não é o momento para agradar este ou aquele. Tem que ter maturidade política, inteligência, para estabelecer esta estratégia”, afirmou. Para o senador, a preocupação do partido deveria estar voltada para a eleição em Londrina e Ponta Grossa, onde dois tucanos, Luiz Carlos Hauly e Pedro Wosgrau, disputam o segundo turno das eleições.

Responsabilidades

A força eleitoral de Beto Richa é incontestável, disse Alvaro. Entretanto, o senador acredita que o prefeito tem responsabilidades advindas da votação que obteve na eleição do domingo passado. “A sucessão passa por ele. Tem que discutir com ele, em primeiro lugar. Mas essa votação consagradora que ele teve também vai pesar na decisão”, avaliou.
Apesar de todo o entusiasmo demonstrado pelos tucanos com a possibilidade de ter o prefeito candidato ao governo, o senador tucano observa que o debate, por enquanto, está circunscrito à capital. “A eleição do Beto foi em Curitiba. Então, isso é um tema que estimula quem vive em Curitiba. Mas é claro, que se o prefeito tiver a disposição de uma candidatura ao governo, vai pesquisar no estado todo”, comentou.

Aferir a tendência do eleitorado continua sendo para Alvaro o melhor instrumento para as definições do partido. “A minha tese é uma só. Quando for para decidir candidatura tem que consultar a população. Desta regra, não abro mão”, frisou o senador.

Ele disse que combinou com o prefeito que, no primeiro semestre de 2010, vão conversar sobre a sucessão. E aí, Alvaro disse que vai querer saber de Beto se ele está disposto ou não a concorrer ao governo. Se estiver, Alvaro vai propor a realização de uma pesquisa abrangente junto ao eleitorado. “Nós temos que saber o que a população determinará em matéria de alternativa de nomes. A população tem que estar em primeiro plano”, afirmou.