O ex-secretário Renato Adur faz hoje, dia 22, a sua despedida não apenas da presidência do diretório estadual do PMDB, como também da vida pública.
Adur anuncia formalmente sua decisão durante o encontro de filiados e lideranças dos 26 municípios da Região Metropolitana de Curitiba, que se reúnem para discutir uma estratégia conjunta para as eleições de 2008. A saída de Adur já foi comunicada ao governador Roberto Requião (PMDB), há duas semanas.
A realização do encontro é o último ato de Adur como presidente do partido, mas a transferência do cargo ao vice-presidente Luiz Claudio Romanelli será feita somente na reunião da executiva estadual da próxima segunda-feira, dia 24. O Encontro Metropolitano da Grande Curitiba será no Clube Concórdia, a partir das 9h.
Romanelli afirmou que irá convocar rapidamente uma reunião do diretório estadual para eleger o sucessor de Adur, que deixa o comando do partido apenas nove meses depois de tomar posse. O próximo presidente deverá ser o líder da bancada do partido na Assembléia Legislativa, deputado Waldyr Pugliesi. Ele foi convidado pelo governador logo depois que o atual presidente informou que estava de saída.
Sem perspectivas
Ainda que pessoas próximas a Adur digam que sua decisão foi provocada por divergências com Requião (PMDB) sobre o estilo político e administrativo de governo, o ex-secretário não toca no assunto. Disse que deixa o cargo para cuidar da sua vida empresarial e pessoal. E que não vê mais motivos para continuar presidindo o partido depois de ter decidido que não irá mais disputar eleições.
Adur foi líder do governo na Assembléia Legislativa no primeiro mandato de Requião e secretário de Estado do Desenvolvimento Urbano, no segundo mandato. Ele assumiu a coordenação da campanha à reeleição de Requião no ano passado. Antes, havia postulado uma candidatura a vice-governador. Primeiro, foi desalojado pela aliança frustrada com o PSDB, e depois, pelo desejo do atual vice-governador Orlando Pessuti de concorrer mais uma vez ao cargo.
Embora sem projetos de voltar a disputar eleições, Adur disse que não abandona a vida partidária. Ele informou que pretende continuar filiado ao PMDB, mas como um cidadão comum. ?Não tenho mais nenhuma aspiração política. Fechei um ciclo de trabalho?, afirmou Adur, que escolheu como seu último ato no partido o comando do último da série de encontros regionais que o partido vinha realizando desde o primeiro semestre.