Polícia paranaense prende quadrilha de seqüestradores paulistas

O Tático Integrado de Grupos de Repressão Especial (Tigre), em conjunto com a Divisão Anti-Seqüestro de São Paulo, prendeu uma quadrilha paulista de seqüestradores, suspeita de ter agido no Paraná. Roger Eduardo Painço, 29 anos, Wilian Camargo Donato, 18, Márcio do Espírito Santo Silva, 23, Márcio Silva Pimenta, 22, e Divan dos Santos, 33, foram presos em diferentes regiões do Estado vizinho e, segundo a polícia, seria chefiado por um integrante do Primeiro Comando da Capital (PCC).

O grupo é acusado de seqüestrar a família de um gerente do Banco do Brasil, no dia 7 de abril deste ano, em uma cidade próxima a Maringá, no interior do Paraná. De acordo com o delegado operacional do Tigre Sílvio Rockembach, depois que a quadrilha libertou a família, naquele mesmo dia, já foi iniciada a investigação para identificar os criminosos. ?Com um trabalho rigoroso de inteligência e a ajuda dos policiais de São Paulo, o Tigre chegou a Joélcio Marques de Souza, 40 anos, que está preso no presídio de segurança máxima Presidente Wenceslau (SP), em Wenceslau Braz?, afirmou o delegado.

Em seguida, a polícia descobriu quem eram as pessoas que participaram do seqüestro. Segundo Rockembach, Roger e Wilian foram presos juntos, na quarta-feira (04), na favela vertical do bairro Cidade Tiradentes, e Márcio Silva e Márcio Pimenta foram presos no bairro Santo Amaro há dez dias, quando fugiam com um carro recém-roubado. A polícia não divulgou essas prisões para não atrapalhar as investigações. Divan foi preso na manhã de quinta-feira (05), também em Santo Amaro. Conforme o delegado, a quadrilha era extremamente organizada e bem equipada, com bons armamentos e coletes balísticos.

Planejamento

Roger, que estava foragido e já passou por 15 presídios em São Paulo, foi o encarregado de colocar o seqüestro em prática. O crime tinha o objetivo de levantar fundos para custear gastos com advogados para os membros do PCC e também financiar outras ações da quadrilha. Divan tinha a função de gerenciar contas bancárias utilizadas pelo PCC. Os outros integrantes agiam na ação direta do seqüestro.

Segundo a policia paulista, esta quadrilha é responsável por diversos seqüestros em São Paulo, e o crime de 7 de abril teria sido a primeira vez que a quadrilha agiu aqui no Paraná. Os seqüestradores foram encaminhados para a Divisão Anti-Seqüestro de São Paulo.

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