Polícia investiga assassinato no Educandário São Francisco

A Delegacia de Piraquara, na Região Metropolitana de Curitiba, investiga a briga de gangues rivais que culminou na morte de sete adolescentes na madrugada desta sexta-feira, no Educandário São Francisco (casa que abriga adolescentes em conflito com a lei). Segundo o delegado responsável pelo caso, Germino Marques Bonfim Filho, foi instaurado um procedimento sócio-educativo, que corresponde a um inquérito, só que com trâmites especiais determinados pelo Estatuto da Criança e do Adolescente. Outra diferença no procedimento policial, por exemplo, é quanto aos depoimentos. Os adolescentes só poderão ser ouvidos na presença do pai, um responsável legal, um advogado, assistente social ou um representante do Conselho Tutelar.

O primeiro passo no trabalho da delegacia, será colher os depoimentos de adolescentes, funcionários e diretores da instituição. O delegado estima que pelos menos 20 rapazes serão ouvidos. O objetivo é descobrir quem foram os responsáveis pela confusão e pelas mortes. “Queremos começar o trabalho o quanto antes. Talvez amanhã já possamos ouvir os primeiros envolvidos”, disse. Depois de concluídas as investigações, o procedimento será encaminhado para o Ministério Público, que deve definir a punição dos adolescentes.

De acordo com o delegado, as primeiras informações dão conta de que a confusão no Educandário foi causada por um “acerto de contas” entre facções de adolescentes rivais ligados ao tráfico de drogas, os do interior e os da capital. Esta versão foi reforçada pelo fato de que, em momento algum, os adolescentes fizeram reivindicação. “Mesmo assim, como nosso trabalho é investigar exaustivamente, todas as outras hipóteses serão averiguadas”, disse o delegado.

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