A delegacia do Meio Ambiente fechou, nesta terça-feira, a empresa RWS Reciclagem, uma usina que funcionava irregularmente, em Campina Grande do Sul, Região Metropolitana de Curitiba, reciclando transformadores de energia. O proprietário da usina, Vanderlei Simeone, foi preso em flagrante. Sete funcionários da empresa foram levados à delegacia para serem interrogados. “Eles armazenavam e queimavam material tóxico no solo e a céu aberto, o que não é permitido. O material é cancerígeno e pode trazer sérios problemas à saúde. Além disso, a empresa não tem autorização para trabalhar com esses materiais”, afirmou o delegado Wilciomar Voltaire, responsável pela investigação.
O delegado contou que as denúncias de irregularidades na empresa foram feitas pela comunidade que vive próxima à empresa, nas margens da BR-116. “A população local também responsabiliza a empresa por problemas de saúde que atingem a toda comunidade”, conta o delegado. Sintomas, como dores de cabeça e ardência na garganta, seriam mais freqüentes nos períodos de queima da sucata. Outra suposta conseqüência da poluição ambiental causada pela empresa seria a mortandade de peixes, registrada em rios próximos à usina.
Com investigações preliminares e sigilosas, a polícia descobriu que a empresa deixava a céu aberto, em um terreno de aproximadamente mil metros quadrados, os materiais tóxicos, em contato com o solo, sem nenhum cuidado com o meio ambiente. De acordo com Voltaire, os policiais também descobriram que empresas de outros estados, que trabalham com produtos eletro-eletrônicos, fornecem sucata para a RWS Reciclagem.
“Simulamos uma blitz de trânsito na estrada que leva à usina para checarmos as notas fiscais com os caminhoneiros que transportavam sucata para a RWS. Conseguimos as informações sem chamar a atenção”, disse o delegado. Como os fornecedores podem ter sido negligentes ao vender material tóxico para uma empresa irregular, também poderão ser obrigados a limpar o terreno e a se responsabilizar pelos produtos que estão em local impróprio.