Polícia faz apreensão recorde de 14,4 mil frascos de lança-perfume

As polícias Rodoviária Estadual e Federal, em operação conjunta, fizeram uma das maiores apreensões de lança-perfume já registradas no Estado. Cerca de 14,4 mil frascos de lança-perfume, distribuídos em 120 caixas, estavam em um caminhão escondidos em meio a uma carga de fogões.

O veículo foi parado na PR-483, próximo a Francisco Beltrão, no Sudoeste do Paraná. O motorista, Lucir Picolli, 54 anos, foi preso e levado à Delegacia da Polícia Federal de Guarapuava, junto com a droga e o veículo. A carga de fogões foi devolvida à fábrica, em Pato Branco.

Segundo o delegado da Polícia Federal de Guarapuava, Maurício Todeschini, esta foi uma apreensão recorde, juntamente com outra de cerca de 14 mil frascos, apreendidos na véspera do Natal, em 2004. "Estas são as duas maiores apreensões de lança-perfume da história do país", relata o delegado.

Para flagrar o transporte da droga, os policiais federais fizeram campana perto da residência de Pícolli, em Francisco Beltrão, depois de receberem uma denúncia anônima feita ao 190, da Polícia Militar do Paraná. Quando saiu para viajar com o caminhão, foi seguido pelos policiais. Pícolli foi abordado pela Polícia Rodoviária Estadual, teve o caminhão revistado e foi preso momentos depois de sua saída da cidade. De acordo com a polícia, a droga e a carga de fogões iria direto para a Bahia, em Feira de Santana.

O comandante do posto da Polícia Rodoviária Estadual de Francisco Beltrão, Ademir Ferreira, que participou da apreensão, disse que o tráfico de lança-perfume é comum nesta época do ano. "A porta de entrada deste entorpecente é o Paraguai. Neste período de férias, os traficantes se preparam para abastecer as cidades onde o Carnaval é mais movimentado, como na Bahia", conta. Segundo ele, a divulgação desta apreensão vai ajudar a coibir o transporte da droga por outros traficantes.

Alucinógeno

O lança-perfume possui uma substância química chamada cloreto de etila, proibida no país por ser uma droga psicotrópica. Esta substância atua diretamente no cérebro e, mesmo se usada eventualmente, pode sobrecarregar o coração, podendo levar ao coma e à morte.

A droga provoca um rápido efeito de euforia, mas em seguida há uma fase de depressão e o usuário perde os reflexos. Esta situação pode ser agravada para um estado alucinógeno, onde a pessoa passa a ter um comportamento arriscado, chegando à perda de consciência. Seu uso freqüente causa a destruição de neurônios e lesões no cérebro irreversíveis. 

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