PM do Rio ainda não sabe como adotar turno de 8 horas

A Polícia Militar do Rio ainda não tem previsão para pôr em prática a proposta do governador Sergio Cabral (PMDB) de criar turnos de oito horas diárias nos batalhões, para aumentar o policiamento ostensivo. Antes da posse, Cabral havia anunciado para o dia 8 a assinatura de um convênio com a prefeitura do Rio para concretizar a idéia. O governador e o prefeito Cesar Maia (PFL) fizeram parcerias, como a troca de PMs que cuidavam do trânsito por guardas municipais, mas o novo turno ficou de fora. Hoje, a maior parte dos PMs trabalha 12 horas e tem 24 ou 48 horas de descanso, dependendo da função.

O comandante da PM, coronel Ubiratan Ângelo, disse anteontem que a proposta não foi abandonada, mas será submetida antes a um estudo técnico. Ele negou que tenha havido rejeição da corporação ao projeto.

Uma fonte da PM indicou que a idéia dificilmente sairá do papel neste mês, apesar da empolgação do governador. Cabral esperava triplicar o efetivo nas ruas, pois acredita na adesão da maior parte do efetivo em troca de um abono de R$ 700, que seria pago pela prefeitura. Cesar Maia já conta com autorização da Câmara Municipal para arcar com a despesa e repassar ao Estado cerca de R$ 50 milhões. A PM ainda avalia se os recursos da prefeitura poderão contemplar todos os soldados.

Granadas e Mortes

O Centro de Comunicação Social da Marinha confirmou ontem que duas granadas foram lançadas em frente ao Centro de Instruções da Força, na Penha, zona norte da cidade, na sexta-feira. Procurado pelo Estado, o comandante Macedo Júnior, relações-públicas do Primeiro Distrito Naval, disse que não houve comunicação oficial à imprensa porque o episódio não se deu nas dependências do quartel, mas em frente à unidade, que fica na Avenida Brasil. As granadas explodiram, mas não houve feridos.

Já próximo da saída 2 da Linha Amarela, dois policiais foram assassinados a tiros ontem, quando passavam pela Rua 2 de Fevereiro, no Engenho de Dentro. O cabo Alexandre Viveiros de Souza e o policial civil Paulo Rodrigues dos Santos Filho estavam num Fiat Palio, quando foram abordados por um motociclista, que disparou contra os dois. Eles morreram no local.

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