Pizzolatti sobre acusação de Jefferson: é leviandade de um psicopata

O deputado João Pizzolatti (PP-SC) classificou de "leviandade de um psicopata"
as declarações feitas ontem à noite pelo deputado Roberto Jefferson, presidente
licenciado do PTB, no programa Roda Viva, da TV Cultura. No programa, Roberto
Jefferson afirmou que Pizzolatti era um dos operadores do mensalão, quando
presidiu a Comissão de Minas e Energia. Jefferson disse que Pizzolatti fazia
café da manhã na comissão para entregar o dinheiro.

"Isso é coisa de
psicopata. O cara quer acusar todo mundo sem prova. É uma leviandade, uma
irresponsabilidade", disse Pizzolatti. O deputado afirmou que nunca existiu
mensalão para o PP, que está disposto a ir em qualquer instância para depor,
como o Conselho de Ética, a Comissão de Sindicância e a CPI e disse ainda que o
partido já entrou com uma representação contra Jefferson no STF e que agora está
fazendo uma consulta à assessoria jurídica para decidir sobre uma possível ação
por danos morais e calúnia.

"Ele (Jefferson) continua mentindo e se
contradizendo. Primeiro ele disse que era o Pedro Corrêa, depois o Janene e
agora eu. Suas declarações não têm consistência", disse Pizzolatti. O deputado
do PP afirmou que, quando presidiu a Comissão de Minas e Energia, no período de
março de 2004 a março de 2005, ele promovia um café da manhã, todas as
quartas-feiras, como preparativo para os trabalhos da comissão e que, dessas
reuniões, participavam deputados de todos os partidos, funcionários da comissão,
assessoria legislativa e jornalistas, porque as reuniões ocorriam a portas
abertas e em frente ao plenário da comissão. "Posso garantir que nunca saiu
deputado de lá que tenha recebido dinheiro", disse.

Pizzolatti afirmou
que coloca à disposição seus sigilos bancário e fiscal. "Estamos tranqüilos com
relação ao mérito da acusação. Mas estou indignado e revoltado porque há uma
exposição do meu nome, da minha família e dos nossos companheiros de partido",
disse. Segundo Pizzolatti, Roberto Jefferson está tentando envolver outras
pessoas para não ficar sozinho, porque é "réu confesso".

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