Por determinação do Ministério da Justiça, a Polícia Federal está desde quinta-feira auxiliando as autoridades de segurança do Rio no combate às facções criminosas responsáveis pela onda de ataques desencadeada na cidade desde quinta-feira. Mas, diante da resistência do governo estadual em pedir auxílio, outras formas de ajuda já mapeadas só serão acionadas após a posse do governador eleito Sérgio Cabral Filho (PMDB) e sua equipe
Para evitar trazer o foco da crise para Brasília, o governo federal decidiu fazer silêncio sobre a onda de violência do Rio e discutir as formas de auxílio com o novo governo fluminense apenas nos bastidores. Além disso, os relatos do atual governo asseguram que as forças locais estão conseguindo conter as ações criminosas e a situação estaria sob controle
Pelo lado federal, os entendimentos com o futuro governo fluminense estão sendo coordenados pelo secretário nacional de Segurança Pública, Luiz Fernando Corrêa. Já a interlocução com a nova equipe de governo do Rio está sendo feita com o delegado federal José Mariano Beltrami, que toma posse no cargo na segunda-feira
Entre as formas de ajuda federal disponíveis está o envio da Força Nacional de Segurança Pública, rejeitado pela governadora Rosinha Matheus. Criada há três anos, a Força tem 7 mil policiais de elite treinados na Academia Nacional de Polícia Federal, em Brasília, prontos para entrar em ação em qualquer ponto do território nacional, a pedido de qualquer Estado que enfrente grave distúrbio da ordem pública.