Petrobras manterá preços dos combustíveis apesar da alta do petróleo

O diretor de abastecimento da Petrobras, Paulo Roberto Costa, afirmou nesta quarta-feira que a empresa não pretende fazer reajustes nos preços dos combustíveis neste momento, apesar de as cotações do petróleo terem superado os US$ 66 por barril nos últimos dias. "Ainda não há um novo patamar de preços", afirmou o executivo, que participou de evento para apresentar o pólo petroquímico de Itaboraí a empresários fluminenses.

Costa reafirmou que, mesmo com a auto-suficiência na produção de petróleo, a estatal manterá sua política de evitar repasses da volatilidade do mercado internacional ao consumidor brasileiro. "É uma política de não-repasse, o que já é um ganho para a sociedade. Se fosse nos Estados Unidos, viveríamos mudanças freqüentes nos preços", disse.

Os preços da gasolina e do diesel foram reajustados pela última vez em setembro do ano passado, quando o petróleo também rondava os US$ 66 e US$ 67 por barril. "Não está na hora (de reajustes) ainda", disse Costa, lembrando que a política de preços prevê ajustes para cima ou para baixo de acordo com a formação de novos patamares no mercado internacional.

O diretor da Petrobras informou que a empresa vai gastar US$ 500 milhões para adequar a refinaria de Pasadena, no Texas, ao petróleo brasileiro. O objetivo é aumentar a capacidade local de processamento de óleo pesado dos atuais 20 mil para 70 mil barris por dia. A estatal brasileira comprou 50% da refinaria no ano passado e avalia ainda aumentar sua capacidade de refino, atualmente em 100 mil barris de petróleo por dia.

Segundo o acordo fechado com o grupo americano Astra, proprietário da refinaria, todo o petróleo consumido pela unidade será brasileiro. Costa reafirmou que a Petrobras procura outras oportunidades de refino nos Estados Unidos, Europa e Ásia "Vendemos petróleo para a China, o Japão e a Coréia. Se pudermos refinar lá, melhor", afirmou o diretor da estatal.

A procura por novos ativos faz parte da estratégia de ampliar o refino de petróleo brasileiro, na qual se inserem a refinaria de Pernambuco, em parceria com a venezuelana PDVSA, e o pólo petroquímico de Itaboraí, com o grupo Ultra, que vai transformar petróleo da Bacia de Campos em matéria-prima para a produção de plásticos.

Voltar ao topo