O Japão ocupa hoje a melhor posição entre os 192 países do ranking da Organização das Nações Unidas (ONU). Os habitantes daquele país têm uma expectativa de vida de 81 anos e nove meses e chegam a viver, em média, 10 anos e dois meses mais que o brasileiro. O Brasil ocupa a 82ª posição no ranking, com expectativa de vida média da população de 71 anos e sete meses. Os dados fazem parte da Tábua de Vida, estudo que o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) está divulgando hoje (1º).
De acordo com o levantamento, porém, o Brasil fica atrás de 15 países que do conjunto de nações ou áreas na América Latina e no Caribe. No conjunto, a Costa Rica ocupa o 1º lugar, seguida por Chile e Cuba. Em países como Venezuela, Colômbia (que vive uma guerra civil declarada), Equador e até Belize, na América Central, as taxas de expectativa de vida são superiores à brasileira.
Entre os 13 países latino-americano com taxas de expectativa de vida inferiores à brasileira estão Paraguai, Bolívia, Peru e Republica Dominicana. Os dados indicam ainda que, enquanto a esperança de vida ao nascer no Chile chega a ser superior em quase 7 anos à média da América Latina, no Brasil esta superioridade não passa de 0,7 anos.
O IBGE destaca que, em nível mundial e para a região latino-americana em particular, o Brasil tem lugar de destaque devido ao volume populacional e ao número anual de mortes. "Por este motivo, se o país tivesse galgado mais anos em sua expectativa de vida ao nascer, a média latino-americana teria avançado mais que a observada".
A comparação permite, entre outras coisas, mostrar que países ou áreas com esperança de vida igual ou inferior à estimada para o Brasil em 2004 concentravam quase 78% da população mundial, estimada em mais de 5 bilhões de pessoas em 2005.