Pesquisa aponta queda no desempenho pessoal do presidente Lula

A pesquisa CNT/Sensus realizada entre os dias 6 e 8 de setembro registrou uma queda na aprovação pessoal do presidente Lula de 59,9% em julho para 50%. Este é o menor porcentual de aprovação do desempenho pessoal do presidente da República desde janeiro de 2003.

O diretor da Sensus, Ricardo Guedes, destacou que nos Estados Unidos o porcentual de aprovação do desempenho pessoal do presidente de 50% é uma espécie de limite da sua viabilidade eleitoral. "O presidente Bush foi reeleito com seus índices de aprovação pessoal exatamente em 50%", disse Guedes, sem detalhar se essa tese se aplica exatamente às eleições brasileiras.

A pesquisa também registrou um aumento do porcentual de entrevistados que desaprovam o desempenho pessoal do presidente Lula, de 30,2% para 39,4%. Este porcentual também é o maior desde janeiro de 2003. A avaliação positiva do governo, por sua vez, caiu de 40 3% na pesquisa realizada em julho para 35,8%, menor porcentual desde junho de 2004, quando estava em 29,4%.

A avaliação negativa subiu ao mesmo tempo de 20% para 24%. Em junho de 2004, esse percentual estava em 24,1%. A pesquisa também registrou um aumento da participação dos entrevistados que acham que a corrupção aumentou no governo Lula. Este porcentual passou de 40 3% em julho para 54,4%. O total das pessoas que acham que a corrupção diminuiu no governo Lula caiu de 13% para 8,6%.

Na opinião dos entrevistados pela Sensus, há mais corrupção no governo atual do que no governo anterior. Os que concordam com essa afirmação subiu de 26,7% para 48,9%. Os que acham que a corrupção é menor em relação à gestão anterior reduziu-se de 31 4% para 16,8%. O diretor da Sensus destacou que essa foi a primeira vez que os que acham que a corrupção deste governo é maior no governo anterior é maior do que os que não concordam com essa tese.

A pesquisa também perguntou onde os entrevistados achavam que a corrupção é maior: no Legislativo, no Executivo ou no Judiciário. O Legislativo ficou em primeiro lugar com 22,6%. O Executivo em segundo com 16,1% e o Judiciário em terceiro com 12,7%. Em dezembro de 2003, o Poder Executivo ocupava o primeiro lugar com 21,1% e o Legislativo tinha 12,5%. Naquela época, apenas 10,2% dos entrevistados disseram que a corrupção era maior no Poder Judiciário.

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