Paulo Bernardo prevê mudança tributária para ajudar exportadores

O ministro do Planejamento, Paulo Bernardo, disse hoje (13) que a economia brasileira vive ?momento especialmente positivo?, com crescimento e controle da inflação. Ressaltou também a força do comércio exterior, embora alguns setores como calçadista e têxtil se ressintam da concorrência dos produtos chineses, que chegam ao mercado nacional mais barato que os produtos brasileiros.

Ele afirmou que se trata de um problema de difícil solução, uma vez que envolve competitividade internacional, e a isso se soma também a valorização do real em relação ao dólar norte-americano, que dificulta a vida dos exportadores. O ministro lembrou, porém, que o governo pode analisar facilidades tributárias para os setores mais prejudicados; mas não desceu a detalhes.

De acordo com Paulo Bernardo o Brasil vive um conjunto de fatores positivos, que acontece raramente, a começar pela geração de empregos e o crescimento da massa salarial, num ambiente de inflação controlada, que tende a diminuir e fechar o ano abaixo da meta de 4,5%. Além disso, afirmou que o país está com as contas ajustadas e tanto a dívida interna quanto a dívida externa ?estão controladas e diminuindo?.

Quanto à taxa básica de juros (Selic), hoje de 15,25% ao ano – que continua sendo a mais alta dentre os países emergentes – o ministro destacou que ela está caindo desde setembro do ano passado. ?De lá para cá a taxa já caiu 4,5 pontos percentuais e o Banco Central deve manter o processo de redução?, disse ele, embora mencionando a faceta de cautela que tem caracterizado as posições do BC.

Vale lembrar que o Comitê de Política Monetária (Copom) se reunirá nos próximos dias 18 e 19 (terça e quarta-feira da semana que vem) para analisar possível calibragem dos juros para baixo, e os economistas da iniciativa privada estimam nova queda em torno de 0,5%, de acordo com o boletim Focus que o BC distribuiu na última segunda-feira (10).

Para o ministro ?ainda somos uma referência negativa? no tocante à taxa de juros, muito alta para os padrões internacionais, mas ?se pegarmos o crédito para as empresas e a taxa de juros de longo prazo (TJLP), veremos que todas elas estão declinando, e a TJLP atual, de 7,5%, é a mais baixa da história?. Condições que, segundo ele, se somam ao crédito consignado em folha de pagamento, que cobra metade dos juros do crédito pessoal, uma vez que oferece menos risco.

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