Parreira só tem uma dúvida na seleção

Teresópolis – Nunca ou quase nunca foi tão fácil para Carlos Alberto Parreira escalar a seleção brasileira. Mesmo faltando quatro dias para o jogo contra o Paraguai, marcado para domingo, em Porto Alegre, o treinador já praticamente definiu os titulares. Só há uma posição indefinida, na zaga. A dúvida é entre Juan e Roque Júnior, ambos do Bayer Leverkusen, e Lúcio, do Bayern de Munique. Os três vão brigar por duas vagas.

Parreira comandou ontem um treino tático de 50 minutos, utilizando apenas metade do campo da Granja Comary, em Teresópolis, e iniciou a atividade com Lúcio e Roque Júnior entre os titulares. "Mas ainda não decidi, vou resolver na sexta-feira ou no sábado", explicou o treinador, colocando Juan na briga pela vaga.

Os favoritos são mesmo Roque Júnior e Lúcio, que só perderão lugar se forem muito mal nos treinamentos de hoje e amanhã.

O treinador conversou com os jornalistas à beira do campo, enquanto bebia uma garrafa de Gatorade, no fim da tarde, e, num papo bastante descontraído, falou dos próximos jogos das eliminatórias e, principalmente, do excessivo número de jogadores exportados pelo Brasil.

"Não sei se o Robinho vai para o Real Madrid ou vai ficar no Santos, mas, se ele sair, será péssimo para o futebol brasileiro", afirmou Parreira. Robinho é apenas um dos muitos atletas do País que estão muito valorizados atualmente. Adriano confirmou proposta feita pelo Chelsea, da Inglaterra, à Inter de Milão para tirá-lo da Itália. Especula-se, na imprensa italiana, que a oferta tenha chegado perto dos 100 milhões de euros, um número exagerado. O atacante, porém, não mostra entusiasmo com uma possível transferência.

"Vai ser difícil eu sair da Itália agora, gostaria de ficar na Inter por pelo menos mais um ano", revelou Adriano.

Zé Roberto vive situação indefinida. O volante confirmou a saída do Bayern de Munique, que não aceitou sua proposta para a renovação do contrato. "Mas agora minha única preocupação é com os dois jogos das Eliminatórias e com a Copa das Confederações", garantiu.

Hoje apresentam-se à seleção Robinho, Ricardinho e Grafite, que atuaram ontem por seus clubes na Copa Libertadores da América.

Ídolo paraguaio pode ficar de fora

Assunção – O principal atacante da seleção paraguaia pode ficar de fora do jogo de domingo contra o Brasil pelas Eliminatórias da Copa 2006, em Porto Alegre. Cardozo, do Toluca do México, sentiu ontem uma contusão na perna direita e é dúvida. Além da lesão, Cardozo apresenta uma fadiga muscular causada pelo excesso de jogos no campeonato mexicano.

O provável substituto de Cardozo no ataque paraguaio será Cuevas, que atua no Pachuca, também do México.

Além desta dúvida, o técnico uruguaio Aníbal Ruiz não revelou se escalará Roque Santacruz ou Cabañas no ataque. O Paraguai ocupa a quarta posição na Eliminatórias com 19 pontos, à frente do Uruguai, que tem 16. Depois do Brasil, os paraguaios enfrentam a Bolívia, na quarta-feira.

De acordo com Ruiz, o Paraguai deverá começar jogando no esquema 5-3-2 com a seguinte formação: Villar; Caniza, Manzur, Gamarra, Da Silva e Bonet; Ortiz, Paredes e Monges; Cardozo (Cuevas) e Cabañas (Santacruz).

A seleção paraguaia ocupa a quarta colocação nas Eliminatórias com 19 pontos, um ponto a menos que o Equador.

Kaká chora, Ronaldinho comemora

Teresópolis – Os dois principais nomes da seleção brasileira com a ausência de Ronaldo têm motivos de sobra para lembrar a temporada 2004-2005.

Ronaldinho Gaúcho, alegre, festeja o maior título de sua carreira – excetuando o da Copa de 2002 -, o de campeão espanhol, e Kaká lamenta a maior decepção de sua vida esportiva, a perda da Liga dos Campeões da Europa.

Um dos assuntos mais comentados entre os atletas é justamente a temporada européia. Quase todos, afinal, atuam no Velho Continente. Dos 22 convocados para a seleção, 18 defendem equipes européias.

Ronaldinho só tem motivos para comemorar. Maior ídolo da torcida do Barcelona, comandou o time na conquista do Espanhol. Ganhou o prêmio de melhor do mundo de 2004, em eleição promovida pela Fifa, e chega para mais dois jogos das Eliminatórias Sul-Americanas como líder da seleção. ?Cheguei à seleção 100% fisicamente e feliz por ter terminado o ano com um título importante?, declarou.

Kaká, ao contrário, desembarcou no Rio ainda com a amarga lembrança da derrota do Milan para o Liverpool, na final da Liga dos Campeões, há uma semana, na Turquia. ?É difícil esquecer o Liverpool e tudo o que aconteceu naquele jogo?, desabafou Kaká, referindo-se à virada da equipe inglesa.

O Liverpool perdia por 3 a 0 até o início do segundo tempo, chegou ao empate e ficou com a taça após vitória nas cobranças de pênalti.

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