Parcela pós-fixada da dívida pública deve cair a 40%

O secretário do Tesouro, Carlos Kawall, afirmou nesta sexta-feira (20) que a parcela pós-fixada da dívida pública brasileira deve encerrar o ano próxima do piso previsto no Plano Anual de Financiamento (PAF), que é de 39% do total. "Tudo caminha neste momento para chegarmos mais próximos do limite inferior da banda, de 39%. Algo em torno de 40%", disse Kawall, após participar de um almoço fechado na Associação Nacional das Instituições do Mercado Financeiro (Andima).

Segundo o secretário, o quadro inflacionário em conjunção com a trajetória da queda da taxa de juros básica (Selic) tem favorecido o alongamento da dívida pública e a elevação da parcela prefixada, e deve continuar ajudando o Tesouro no seu objetivo de diminuir o volume de títulos pós-fixados em poder do mercado.

Entretanto, de acordo com Kawall, o Tesouro não deve ser mais agressivo no alongamento da dívida. "Temos um cenário mais favorável no sentido do alongamento da dívida, e para o Tesouro certamente é o cenário ideal. Isso não quer dizer que a gente vai artificialmente pisar no acelerador", esclareceu.

Apesar da postura cautelosa, Kawall afirmou também que a redução da parcela pós-fixada da dívida em 2007 pode ser na mesma grandeza da observada neste ano, ou seja, em torno de 12%. "Acredito que temos tudo para ir abaixo do porcentual deste ano. Não acho que vamos chegar a níveis de 20% ou menos, mas provavelmente continuaremos (na trajetória de queda)", disse Kawall.

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