Vigilantes do INSS ainda sem receber salário

Os vigilantes que trabalham no Instituto Nacional de Seguridade Social (INSS) esperam o julgamento de uma medida cautelar de arresto impetrada na semana passada no Tribunal Regional do Trabalho (TRT). O sindicato da categoria quer que o Instituto pague o que deve para a empresa responsável pelo serviço, a Serve Leste, diretamente para os funcionários. Eles estão com os salários e outros benefícios atrasados.

Na semana passada, os vigilantes ficaram dois dias em greve. Mas a categoria resolveu voltar as atividades e esperar que a questão seja resolvida na Justiça. O diretor da Serve Leste, Shima de Camargo, diz que começou a ter problemas para pagar os funcionários porque os governos estadual e federal não pagaram o reajuste pelo serviços. Por outro lado, eles tiveram que aumentar os salários dos funcionários. Com problemas para quitar suas dívidas com o próprio INSS, a empresa perdeu a Certidão Negativa de Débitos (CND). Com isso, o INSS ficou proibido legalmente, de repassar o dinheiro pelos serviço prestados, deixando os vigilantes sem salários. Se a decisão da justiça não for favorável, os funcionários da Serve Leste ameaçam paralisar as atividades mais uma vez. “Sem receber não dá para trabalhar”, reclama João.

Data-base

A categoria também ameaça entrar em greve em todo o Estado. A Federação dos Trabalhadores em Segurança Privada e sindicatos não entraram em acordo com o sindicato patronal para definir o reajuste salarial. A data-base dos vigilantes é dia 1.º de fevereiro.

Eles querem a correção das perdas em 20%, mas a proposta dos patrões é de 7%. Soares também é presidente da federação e afirma que a categoria não aceita reajuste inferior ao Índice Nacional de Preço ao Consumidor (INPC), que para fevereiro está calculado em 9%. Além disso, eles também lutam para receber um adicional devido ao enfrentamento de situações de risco. “Os vigilantes de transportes de valores e a escolta armada já recebem. Mas os vigilantes patrimoniais não”, fala. O benefício dá um acréscimo de 25% a 30% ao salário. O piso da categoria está hoje em R$ 665,69. Curitiba e Região Metropolitana conta, atualmente, com 7 mil profissionais dessa área.

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