Acordo

Vigilantes de carros-fortes encerram greve

Os vigilantes que trabalham no transporte de valores no Paraná encerraram a greve ontem, depois de cinco dias de paralisação. Eles aceitaram a proposta feita pelos empresários, de 7% de aumento real no salário, mais a reposição do Índice Nacional de Preço ao Consumidor (INPC), de 0,56%, e voltam ao trabalho hoje.

Com isso, os caixas eletrônicos de bancos não correm mais o risco de ficar desabastecidos de cédulas. Depois da falta de acordo em uma audiência conciliatória no Tribunal Regional do Trabalho (TRT), em Curitiba, ontem pela manhã, os patrões resolveram fazer a proposta à tarde.

Na audiência, na qual não houve acordo, os patrões ofereceram 5,5% de aumento. Além disso, segundo o Sindicato dos Vigilantes de Curitiba e Região, os empresários teriam proposto redução de 15% no piso dos trabalhadores admitidos e o retorno da compensação de horas.

No entanto, os vigilantes não queriam abrir mão das horas extras e não aceitaram a redução do piso para os iniciantes. Os vigilantes também recusaram a ideia dos empresários de negociação em intervalos de dois em dois anos. A intenção é que fosse anual.

Por conta dos impasses, não houve acordo na audiência e o julgamento da causa seria marcado para uma próxima data. Dessa forma, antes mesmo das 14h de ontem, os vigilantes haviam decidido continuar o movimento. À tarde, porém, os empresários fizeram a nova proposta e aceitaram retirar os pontos que estavam gerando discordância.

A reportagem entrou em contato com o presidente do Sindicato das Empresas de Transporte de Valores do Paraná, Gerson Pires, mas ele não pôde conceder entrevista. Durante a semana, alguns carros-fortes conduzidos por vigilantes que não aderiram à greve chegaram a andar escoltados pela Polícia Militar (PM).

Patrimoniais

Os vigilantes patrimoniais, por sua vez, suspenderam a greve na última quarta-feira, mesmo sem acordo em audiência no TRT. Por conta disso, o caso deles será julgado em uma nova data.

Foi acatada a proposta do vice-presidente do órgão, Luiz Eduardo Gunther, que seria um reajuste de 10% no salário, no vale-alimentação e no adicional de risco de vida da categoria. Os proprietários das empresas recusaram essa proposta. Mesmo assim, os trabalhadores resolveram voltar ao trabalho, pelo menos até o julgamento pelo TRT.