Vândalos e ladrões causam prejuízo a escolas da capital

Neste ano já houve um aumento de 25% no número de ataques de vândalos e ladrões em escolas municipais em relação ao ano passado. Em todo 2001 foram registrados 70 casos em menos de seis meses deste ano já foram 56. As duas últimas vítimas foram as escolas Moradias Ribeirão e CEI Professor Dário Persiano de Castro Vellozo, ambas na Cidade industrial de Curitiba. Na primeira, 250 vidros foram quebrados e na segunda, um videocassete foi roubado. Os fatos ocorreram no fim de semana passado.

Segundo o superintendente da Secretaria de Educação, Jacir Machado, a Prefeitura de Curitiba gasta cerca de R$ 80 mil por mês em segurança. Durante o dia, guardas-municipais fazem a segurança. À noite, das 156 unidades municipais, apenas 40 são atendidas por esses profissionais. “É impossível manter em todas as escolas”, afirma. No restante, é a Empresa de Segurança Metronic quem opera, através de sensores de presença. Quando alguém entra nas salas o alarme é ativado.

O superintendente acredita que o crescimento de roubos pode estar relacionado ao incremento de materiais nas escolas, como a instalação de laboratórios de informática. “As escolas e nem o município terão que arcar com os preujuízos dos roubos e depredações. O seguro dos materiais já está incluído no contrato com a empresa de segurança”, garante. Porém, ele afirma que se a comunidade se envolvesse mais para cuidar do patrimônio, o valor gasto na segurança poderia ser aplicado na aquisição de equipamentos pedagógicos.

Os 610 alunos de pré a 4ª série da Moradias Ribeirão não tiveram aula ontem devido os estilhaços de vidro espalhados pelo colégio. Segundo a diretora, Elza Nasako, foi a primeira vez que um fato grave assim ocorreu e prejudicou as atividades da nescola. “Como vai ter aula em uma sala que não tem vidro ? Ela espera que até o fim da semana os vidros sejam repostos. Na escola Dário Vellozo, 90 vidros foram quebrados há 10 dias. No último fim de semana foi a vez do videocassete ser roubado. Segundo a diretora, Elis Terezinha Rocha, é comum a unidade ser vítima destes pequenos delitos. “Os alunos vão ficar por um bom tempo sem o aparelho”, afirma.

Tempo

A presidente da Associação de Pais e Professores da Moradias Ribeirão, Rosangela Gava Marques, afirma que a Metronic demorou 42 minutos para chegar à escola. Segundo ela, este foi o tempo que os vândalos tiveram para agir. Mas, a diretora comercial da Metronic, Denise de Paola Magalhães, diz possuir o registro de que foram 9 minutos. “Vamos verificar”, disse Denise. Mas ela reconhece que mesmo um curto espaço de tempo já é o suficiente para que sejam praticados vários atos de vandalismo e roubo. Para ela, um fator que colabora para essa situação é que, na maioria das vezes, os marginais moram na própria região. Ela diz que a empresa é a que mais possui veículos de averiguações na cidade e que já conseguiram realizar vários flagrantes.

O superintendente informa que está para vencer o contrato com a Metronic e nova licitação deve ser feita. “Vamos buscar o aprimoramento para que o atendimento seja mais rápido”, comenta.

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