UFPR define estratégias para expansão em 2009

A Universidade Federal do Paraná (UFPR) deu o primeiro passo para um planejamento de atividades até o ano de 2019. A comunidade universitária se reuniu ontem no primeiro seminário para analisar as necessidades da instituição e definir as estratégias para um período de dez anos.

Primeiramente, foram abordadas as situações para curto prazo, que devem ser implementadas em 2009 e 2010. Entre as discussões está a estruturação para a entrada de novos alunos, em março do ano que vem.

Mais de mil vagas foram criadas com os recursos vindos do Plano de Reestruturação e Extensão das Universidades Federais (Reuni), programa do governo federal.

Essas vagas já estão disponíveis no vestibular 2009, cuja primeira fase será realizada no dia 16 de novembro. Para acomodar os novos estudantes, estão sendo analisados espaços, estrutura e contratação de profissionais.

Segundo o futuro reitor da UFPR, Zaki Akel Sobrinho, existe garantia de salas para os alunos que vêm do Reuni. No entanto, ainda não há muitas definições. “Estamos vendo o que é necessário para que as atividades comecem em março de 2009 normalmente. Em um mês já devemos ter um plano para receber esses alunos”, garante. O concurso público para a contratação de professores e técnicos – cerca de 200 vagas – deve ser realizado até o final do ano.

Outros assuntos para curto prazo são o Processo de Ocupação de Vagas Remanescentes (Provar), as cotas no concurso vestibular e a análise dos cursos de graduação.

“É uma lista de 15 áreas em debate. Agora vamos fazer o planejamento em curto prazo. Haverá outros seminários, quando vamos discutir as ações de médio e longo prazos. Essa é uma nova etapa do planejamento da universidade. A idéia é fazer um planejamento contínuo, que se torne política na instituição, independentemente de quem está à frente da gestão”, afirma o futuro vice-reitor, Rogério Mulinari.

Investigação

Zaki Akel Sobrinho comentou ontem que a universidade ainda aguarda o recebimento de uma posição oficial sobre as investigações do Ministério Público Federal (MPF) e do Tribunal de Contas da União (TCU), que apuram irregularidades em cursos técnicos a distância promovidos por meio de convênios entre a UFPR, Fundação da Universidade Federal do Paraná (Funpar) e outras instituições.

“Só poderei tomar alguma medida a partir da minha posse, que deve acontecer em dezembro (ainda depende da nomeação do ministro da Educação, Fernando Haddad). A nossa procuradoria está atenta a tudo isso. Se houve mesmo irregularidades, temos que apurar com calma”, avalia o novo reitor, ressaltando que isso não vai prejudicar o início de sua gestão.

Na semana passada, o MPF recomendou a suspensão imediata no oferecimento de novos cursos técnicos a distância. Segundo parecer do Ministério Público, alguns convênios foram firmados sem licitação.