Os setores de turismo, gastronomia e entretenimento se uniram à indústria e ao agro em repúdio contra o aumento da alíquota do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) proposto pelo Governo do Paraná e que está em análise na Assembleia Legislativa.

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“Somos contra qualquer tipo de aumento de imposto porque perdemos competitividade ante aos outros estados da federação”, disse Fabio Aguayo, presidente da Federação de Turismo do Paraná (Feturismo) e presidente da Associação Brasileira de Bares e Casas Noturnas (Abrabar).

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“Nós temos que mirar no exemplo de Santa Catarina, que não vai mexer em nada. Vimos agora na revisão dos dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas), o Paraná voltou para quinta posição do PIB do Brasil (soma de todos os produtos divididos pela população) e isso é muito ruim para nós”, ressaltou o membro das entidades, que são filiadas à Confederação Nacional de Turismo (CNTur). “Quando aumenta o imposto, desvia o investimento para outro estado”, disse Aguayo.

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O diretor da Feturismo lembra que existem guerras fiscais silenciosas entre as os estados, o que acaba incentivando o descaminho de produtos e mercadorias. “As pessoas fazem notas em outros estados e isto tira a gente da competitividade. Também acaba incentivando o contrabando, especialmente no Paraná que está na fronteira da Argentina e do Paraguai, onde os produtos são comercializados com valor menor, devido a carga tributária do país ser menor.

“Não queremos aumento de imposto principalmente em produtos que nós comercializamos. Sem falar que em toda a cadeia, de alguma forma o setor de turismo, que reúne 52 atividades econômicas, de alguma forma é impactado”, alertou o líder classista. “Nos somamos às entidades empresariais do Paraná para que o governo Ratinho Junior reveja este posicionamento, para que não possamos ter impostos mais altos”, disse.

Reação

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Após o envio da matéria para a Assembleia Legislativa, o governo tenta a aprovação em regime de urgência, o que motivou os presidentes da Federação das Indústrias do Paraná (Fiep), Edson Vasconcelos e Ágide Meneguette, da Federação da Agricultura (Faep), se manifestarem publicamente contrários.

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Em ofício enviado ao governador Ratinho Júnior, a Associação Comercial do Paraná (ACP), se apresentou como contrária ao projeto. “Nossa instituição entende que os impactos para o setor produtivo paranaense serão irreversíveis afetando a competitividade das nossas empresas, bem como causando inflação que chegará na ponta para o consumidor e à sociedade como um todo, caso a medida de aumento de ICMS seja implementada”.

O Projeto de Lei 1023/2023, entre outras medidas, aumenta a alíquota modal de ICMS de 19% para 19,5%, das alíquotas de ICMS sobre serviços de comunicação de 18% para 19,5%, sobre energia elétrica de 18% para 19%, e sobre água mineral e bebida alcóolica de 17% para 17,5%.*

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