Trabalho no exterior pode ser armadilha

Mulheres com idade entre 16 e 25 anos, bonitas e desinibidas, devem tomar muito cuidado ao aceitar convites para trabalhar no exterior. Quadrilhas de tráfico de mulheres agem convidando as jovens para trabalhar fora do País em profissões comuns e acabam prostituindo e escravizando as moças. O alerta é do superintendente regional da Polícia Federal no Paraná, Jaber Makul Hanna Saadi, um dos dois representantes brasileiros no Curso de Direção Estratégica para Chefes de Polícia do mundo todo, que acontece a partir do dia 19, em Madri, na Espanha. Entre os temas pautados para o encontro de dez dias está o tráfico internacional de mulheres.

Segundo Saadi, as quadrilhas se aproximam das moças principalmente através de mulheres. “Elas conversam com essas moças em banheiros públicos, shoppings, casas noturnas e as convencem a trabalhar fora. Chegando lá, as fazem se prostituir como escravas, pela dívida com alimento e passagens”, contou.

O superintendente lembrou que além das mulheres que são enganadas, há também prostitutas brasileiras que vão para a Europa e o Japão sabendo o que vão fazer. “Tráfico de mulheres está no artigo 231 do Código Penal, com pena de 3 a 8 anos de reclusão. Mas ela pode ser aumentada, principalmente pela formação de quadrilha”, informou.

Saadi destacou que a principal maneira de coibir a ação dessas quadrilhas é através do Serviço de Inteligência da PF, com auxílio inclusive de outros países. “Normalmente as menores de 18 anos saem em quantidade menor do Brasil, pelo fato de ter que tirar passaporte e isso dar na vista. Mesmo assim, há casos em que as quadrilhas enganam as famílias das moças também”, afirmou. Ele destacou que os casos não acontecem só nas capitais, mas nas cidades do interior também: “A mulher brasileira normalmente é liberal, usa pouca roupa por viver num país tropical e acaba chamando a atenção dessas quadrilhas”, lembrou, destacando que antes de ir ao exterior a moça deve se certificar de quem a está levando. “Se quiser, deve consultar a Polícia Federal para ter certeza com quem está negociando”, recomendou.

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