Preparem os casacos e cobertores! Depois de vários meses de calor intenso, Curitiba deve amanhecer hoje com os termômetros marcando 9°. Para amanhã, o Instituto Tecnológico Simepar prevê mais frio, com mínima de 6° por volta das 6h. Se confirmada a previsão, será a temperatura mais baixa na capital para os meses de março desde 1998, quando foi registrado 10,2°. Em março de 2011, a mínima foi 12,9°.
De acordo com a meteorologista Sheila Paz, do Simepar, após a passagem da frente fria – que trouxe chuvas fortes na madrugada de ontem -, esta quarta-feira não terá calor porque a primeira massa de ar frio do ano começa a se deslocar sobre o Estado. “A nebulosidade diminui, o sol volta a aparecer, mas mesmo com máxima de 21°, a tarde não será quente”, comenta. Podem ocorrer chuvas leves.
Sheila avisa que, no final de semana, o frio começa a perder força de forma gradual, “mas não haverá troca de frio intenso para calor forte”. No sábado, as temperaturas em Curitiba devem oscilar entre 13° e 23º e, no domingo, de 13º a 27°. “O outono tem bastante variação de temperatura no mesmo dia, uma diferença em torno de 15 graus”, aponta.
Chuva
Na madrugada de ontem o Simepar registrou o maior volume de chuva na capital neste mês: 29,4 milímetros (mm), o que equivale a dois terços do total já contabilizado em março: 45,8 mm. A precipitação acumulada está bem abaixo da média climatológica para o mês, que é de 140 mm. A chuva da madrugada veio acompanhada de uma quantidade elevada de raios em Curitiba. “Foram 130 descargas que atingiram o solo, mas quase mil se considerarmos as descargas dentro das nuvens ou de uma para outra”, destaca Sheila.
A tempestade ocasionou quatro quedas de árvores na capital, porém sem danos materiais, segundo a Secretaria Municipal do Meio Ambiente. Uma araucária caiu na Rua Mateus Leme, no bairro São Lourenço, e outras três espécies menores foram derrubadas no Parolin, Alto Boqueirão e Uberaba.
Conforme a Companhia Paranaense de Energia (Copel), 126 mil unidades consumidoras ficaram sem luz em Curitiba (48 mil), região metropolitana (65 mil) e litoral (13 mil). Às 10h da manhã de ontem, ainda havia 15 mil residências e estabelecimentos comerciais desabastecidos. Mas à tarde, a situação já estava normalizada, com exceção de casos pontuais.