Pode ser sacola de pano, papel ou até mesmo plástico oxibiodegradável, que degrada em 18 meses. Os supermercados paranaenses têm um mês para apresentar ao Ministério Público Estadual (MPE) e à Secretaria de Estado do Meio Ambiente (Sema) qualquer alternativa que seja ambientalmente correta em substituição às sacolas plásticas comuns distribuídas nos estabelecimentos. Ontem, uma reunião no MPE, em Curitiba, com representantes de oito redes varejistas, definiu que cada uma terá de apresentar, por escrito, uma proposta concreta para a eliminação das famosas sacolinhas dentro de 30 dias.
O objetivo, segundo a Promotoria do Meio Ambiente e a Sema, é impedir que as 80 milhões de sacolas utilizadas mensalmente nos supermercados paranaenses tenham como destino o meio ambiente. Quatorze redes foram convocadas para o encontro, mas apenas representantes de seis delas compareceram. Outras duas foram representadas pelo superintendente da Associação Paranaense dos Supermercados (Apras), Valmor Rovaris.
As discussões apontaram para a adoção das sacolas oxibiodegradáveis, que têm em sua composição um aditivo que permite a decomposição do plástico em questão de meses, contra mais de uma centena de anos das comuns. ?Mas, se os supermercados tiverem outras soluções, eles podem apresentar?, reiterou o promotor de Meio Ambiente, Saint Claire Honorato Santos. O uso da velha sacola de pano, mantido apenas por alguns poucos freqüentadores de feiras, ou dos sacos de papel, bastante utilizado até a década de 80, não está descartado. ?Podemos usar qualquer modelo, desde que seja ambientalmente mais favorável?, enfatizou o promotor.
A adaptação às degradáveis, entretanto, ainda vai depender do que os supermercadistas estarão dispostos a abrir mão, uma vez que custam de 8% a 10% mais caro que as tradicionais. ?Quatro redes (maringaenses) já adotaram há mais de seis meses essa solução, mas a alternativa para chegar a todas as outras é algo que demora e exige adequação da indústria para poder produzir com essa nova tecnologia?, disse o superintendente da Apras.
Das redes presentes na reunião, apenas a Super Muffato prometeu adotar as novas sacolinhas dentro de noventa dias. As restantes – Wms. Supermercados do Brasil, que agrega os supermercados Wall Mart e Big; Carrefour; Condor; Angeloni; Supermercado Luedgil e Viscari (Londrina) e Supermercado Rickli (Carambeí) – se comprometeram a apresentar suas propostas no prazo determinado.