Sindicatos querem audiência com prefeito e governador

Na tarde desta quinta-feira (29), as centrais sindicais falaram com os jornalistas sobre o tumulto entre a Polícia Militar e os trabalhadores que participaram da passeata a favor da redução da jornada de trabalho de 44 para 40 horas semanais sem redução salarial na manhã de quarta-feira (28) em Curitiba. O ato começou na praça Afonso Botelho e terminou na praça Rui Barbosa.

Representantes da Central Única dos Trabalhadores (CUT), da Força Sindical, da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), do Sindicato dos Metalúrgicos de Curitiba e do Sindicato dos Trabalhadores do Comércio do Paraná mostraram à imprensa fotos e vídeos das agressões dos policiais contra os manifestantes. As imagens registraram um policial desligando o som, um outro batendo a cabeça de um trabalhador imobilizado contra um ônibus, balas de borracha, fumaça e muita confusão.

No início da manhã de quarta-feira (28), os participantes da passeata tentaram invadir algumas empresas de ônibus. Segundo as centrais sindicais, o maior problema foi na garagem da Cidade Sorriso, no bairro Umbará, onde 20 trabalhadores ficaram feridos.

Houve manifestações também na frente da fábrica da Kraft, no Contorno Sul, e na empresa de ônibus Carmo, no Hauer. Cerca de duas mil pessoas protestaram em cada um desses lugares. 

Os sindicatos pretendem agendar uma audiência com o prefeito de Curitiba e com o governador do Estado. Eles querem cobrar explicações, pedir uma posição dos responsáveis pelas agressões, exigir que os policiais envolvidos sejam demitidos e que a liminar – que a Prefeitura conseguiu para proibir manifestação dentro das empresas de ônibus, cobrando uma multa de 100 mil reais para cada sindicato que desacatasse a ordem – seja suspensa. As centrais ainda afirmaram que esta liminar foi feita na "calada da noite" enquanto a passeata já estava programada há semanas.

* As informações são do repórter Newton Almeida.

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