Servidores encerram greve em Maringá

Os servidores municipais de Maringá decidiram, em assembléia realizada ontem, manter o estado de greve, mas interromper a paralisação, que completou 30 dias. Segundo a presidente do Sindicato dos Servidores Municipais de Maringá (Sismmar), Ana Pagomunici, os grevistas realizarão um ato público hoje e retornarão ao trabalho amanhã.

?A recusa do prefeito em negociar, a tentativa de criminalizar o movimento e o desconto dos dias paralisados do pagamento dos servidores enfraqueceu o movimento. Vamos voltar ao trabalho e esperar o momento certo para retomar a greve?, disse Ana. Ela revelou que o sindicato está discutindo a questão do desconto de salário na Justiça.

Os servidores realizam hoje um ato público contra a violência e a fome, às 17h, na Praça Raposo Tavares. ?Não existe mais piquete, liberamos todos os caminhões para a coleta de lixo. O problema é que a truculência do prefeito chegou no bolso. Para nós, a pior violência dele é a fome, é impedir o pessoal de comprar comida?, disse a presidente do Sismmar, referindo-se ao desconto de 16 dias de trabalho no pagamento efetuado aos servidores grevistas na última sexta-feira.

Pagomunici garante que o estado de greve será mantido e que em questão de dias, se não houver negociação por parte da Prefeitura, o movimento pode ser retomado. ?Nossas reinvindicações não foram atendidas, a paralisação será retomada. Só estamos aguardando o momento correto?, concluiu.

A Prefeitura Municipal de Maringá divulgou ontem que a coleta de lixo, tanto convencional como seletiva, já está normalizada em Maringá. Segundo a Prefeitura, a coleta convencional recolheu 324 toneladas de lixo na segunda-feira. A estimativa para ontem era que mais 400 toneladas fossem recolhidas.

De acordo com o secretário dos Serviços Públicos, Diniz Afonso, a coleta convencional está sendo realizada com os 11 caminhões da Prefeitura e mais 10 da Ponta Grossa Ambiental (empresa contratada emergencialmente para fazer a coleta durante a greve), em três turnos de seis horas. Com isso, o serviço foi normalizado.

Com o acúmulo de lixo passando das 5 mil toneladas, a Prefeitura contratou por 30 dias, a partir de 22 de junho, a empresa Ponta Grossa Ambiental, pagando R$ 73 mil semanalmente pela mão-de-obra da empresa, mais R$ 27 mil por dia pelos caminhões usados na coleta. O secretário Diniz Afonso considerou normal o total de R$ 1,1 milhão que será pago à empresa.

Voltar ao topo