Os servidores da Universidade Federal do Paraná (UFPR) aprovaram ontem um indicativo de fim de greve para a próxima segunda-feira (3). Mas a confirmação do fim da paralisação deve sair hoje, em assembléia, quando os trabalhadores se reúnem para analisar as duas propostas apresentadas pelo governo ao comando nacional de greve na última terça-feira (28), em Brasília. Faz 95 dias que os servidores estão com os braços cruzados.
Segundo o presidente do Sindicato dos Trabalhadores do Ensino do Terceiro Grau Público de Curitiba (Sinditest), José Carlos Beloto, a categoria se reúne hoje, às 10h, e pode confirmar o indicativo de fim de greve aprovado pela categoria. Ele explica que, ontem, a Federação de Sindicatos dos Trabalhadores das Universidades Brasileiras (Fasubra) analisou as duas propostas e passou orientações para os estados, que vão decidir se aceitam o reajuste oferecido pelo governo.
O governo está ofertando um aumento que varia de 20% a 89% para os cinco diferentes níveis do plano de cargos e carreiras. Os servidores de apoio técnico receberiam os menores valores e os de nível superior teriam o maior reajuste. Além disso, o aumento vai incidir nos salários de forma escalonada até 2010, sendo o primeiro para meados de 2008.
O governo apresentou duas propostas de novo piso para a categoria. Em uma delas, o valor seria de R$ 988 e eliminaria os seis primeiros padrões horizontais da tabela salarial. A outra nivela o piso em R$ 920 preservando todos os níveis. O piso hoje gira hoje por volta de R$ 700. ?Ainda não sabemos o que é mais vantajoso. Estamos analisando?, disse Beloto.
Na UFPR estão parados os servidores que trabalham no restaurante universitário, na central de transporte e em algumas pró-reitorias. Além do aumento salarial, o movimento reivindica elevação do valor pago pelo vale-alimentação, querem auxílio-saúde, a não-transformação dos hospitais universitários em fundações, entre outros.