Seminário em Faxinal debate educação inclusiva

A Secretaria Estadual da Educação vai dobrar o número de escolas estaduais com políticas de educação inclusiva, facilitando a integração de alunos com necessidades especiais em turmas regulares. O projeto, já em vigor em 69 escolas, vai atingir 150 no ano que vem, cobrindo todos os distritos escolares do Paraná. Para 2004, a meta é ampliar o programa para todos os 399 municípios do Estado, fazendo com que haja pelo menos uma escola de referência em cada cidade.

A educação especial é o tema do seminário Removendo Barreiras para Aprendizagem, que começou ontem e vai até o final da semana na Universidade do Professor, em Faxinal do Céu. Participam cerca de 500 professores que já trabalham com alunos especiais, em turmas do ensino regular. Durante o evento será apresentado o plano de trabalho para o cadastramento das novas escolas que pretendam aderir voluntariamente ao projeto durante os próximos dois anos.

O seminário também vai debater os resultados do trabalho desenvolvido pelas 69 escolas já envolvidas no projeto. Representantes das instituições vão relatar a experiência na implementação dessa política educacional. “Estamos investindo seriamente na capacitação de professores. Hoje podemos dizer que a educação inclusiva não é um modismo, mas uma política séria, consistente e responsável. Estamos garantindo o direito que estas crianças têm, por lei, de acesso a um ensino digno e não excludente”, afirma Maria Terezinha Ritzmann, chefe do Departamento de Educação Especial da secretaria.

Em Luanda

Em agosto, Maria Terezinha esteve em Luanda, capital de Angola, onde relatou a experiência paranaense durante a 6.ª Jornada Técnico-Científica, promovida pela Fundação Eduardo Santos, em busca de alternativas para a pobreza que atinge 68% da população.

Início O projeto de Educação Inclusiva nas escolas públicas do Paraná começou a ser implantado em abril deste ano em 69 escolas das redes municipal e estadual. Os estabelecimentos tiveram que passar por adaptações físicas e pedagógicas. Para atender alunos com deficiências físicas e mentais, temporárias ou permanentes, foram feitas obras para eliminação de barreiras, como corrimões, rampas e alargamento de portas. Na parte pedagógica a principal tarefa é a capacitação de professores.

Entre as ações já realizadas no projeto piloto está a assessoria oferecida pela Secretaria da Educação em todas as escolas, incluindo a capacitação de profissionais e o incentivo à participação da comunidade. “As escolas elaboraram um plano de trabalho e procuraram identificar uma rede de apoio na comunidade para suas ações. Algumas buscaram parcerias com as universidades locais”, afirma.

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