Desde a zero hora de hoje, a passagem de ônibus caiu de R$ 2,85 para R$ 2,70 em toda a Rede Integrada de Transporte (RIT), que inclui Curitiba e mais 13 municípios da região metropolitana. A redução de R$ 0,15 foi determinada pelo prefeito Gustavo Fruet após os protestos que tomaram conta das ruas da capital. Aos domingos, a tarifa continua em R$ 1,50, apesar de vários movimentos sociais cobrarem a volta para R$ 1.
Para fazer frente ao que representaria uma ampliação do déficit do sistema de transporte, o prefeito anunciou subsídio de R$ 30 milhões até fevereiro do ano que vem. A Câmara Municipal devolverá R$ 10 milhões do orçamento previsto para este ano. A prefeitura anunciou corte de R$ 10 milhões em ações de comunicação relacionadas à Copa do Mundo e previsão de aumento na arrecadação do ISS, com a intensificação de fiscalização, que passa a ter novos padrões de investigação. “É um esforço conjunto com a Câmara Municipal para que não seja necessário tirar recursos da saúde, da educação e de outras áreas de grande impacto social”, declarou Fruet.
Segundo o prefeito, Curitiba foi a primeira cidade do Paraná a reduzir o repasse de dinheiro para as empresas do transporte coletivo. Desde 1º de junho, em função da desoneração do PIS/Cofins determinada pelo governo federal, a tarifa técnica baixou de quase R$ 3,12 para R$ 2,99.
Integração
Com a RIT, um cidadão pode sair de Contenda, passar por Araucária, Curitiba e Colombo para chegar a Bocaiúva do Sul, percorrendo quase 90 quilômetros e pagando apenas uma tarifa. A RIT transporta uma média de 2,2 milhões de passageiros por dia – em torno de 450 mil no transporte metropolitano com uma frota de 1.930 ônibus monitorados em tempo real. O total de passageiros pagantes é, em média, de 1,1 milhão por dia, dos quais 210 mil nos municípios vizinhos à capital.