PUC tem crescimento de 5% nos inscritos para o vestibular

Começou ontem o vestibular da Pontifícia Universidade Católica (PUC) do Paraná. São 14.065 candidatos inscritos, disputando 6.360 vagas distribuídas em 44 cursos. No primeiro dia de prova os vestibulandos testaram seus conhecimentos em Redação, Língua Portuguesa, Literatura Brasileira e Língua Estrangeira. 877 candidatos não compareceram aos locais de provas.
 
Os portões foram fechados às 8h20, mas houve alguns minutos de tolerância. A pró-reitora acadêmica, Neuza Aparecida Ramos, explica que isto ocorreu porque era o primeiro dia e os candidatos estavam um pouco confusos quanto ao local das provas, mas hoje a tolerância não deve se repetir. Também foi dado chance àqueles que chegaram dentro do horário, mas estavam no campus errado. Eles fizeram as provas naqueles locais e hoje devem se dirigir ao local correto.

Mesmo com a tolerância, teve candidato que perdeu as provas. Antônio Binelli, de 18 anos, estava no ritmo do vestibular da Universidade Federal do Paraná (UFPR), onde os portões fechavam às 8h45, e acabou ficando de fora. Ele ia tentar uma vaga para Filosofia. “Vim de ônibus de Fazenda Rio Grande. Saí de casa com uma hora e meia de antecedência e não deu tempo. Se tivesse mais ônibus eu teria conseguido”, afirmou. O trânsito em volta da PUC também complicou um pouco a vida dos vestibulandos, por isso a sugestão é sair de casa com bastante antecedência. “O trânsito é sempre um problema. Em dias normais ele já é complicado”, compara a pró-reitora.

Ao contrário da UFPR que teve um decréscimo de 10% no número de inscritos este ano, a PUC mantém o crescimento de 5% ao ano. No concurso passado foram 13.427 candidatos e no anterior 13.089. Os cursos mais concorridos são Medicina e Odontologia.

As provas estão sendo realizadas em cinco cidades: Curitiba, São José dos Pinhais, Toledo, Campo Mourão e pela primeira vez em Maringá, onde foram abertos os cursos de bacharelado em nutrição e enfermagem. Dos 6.360 aprovados, 4.380 vão ingressar na universidade ainda no primeiro semestre de 2004 e os 1980 restantes no segundo semestre.

Segundo a pró-reitora, a PUC não planeja fazer modificações em seu vestibular, a exemplo da UFPR, que vai implantar um processo seletivo realizado em duas partes. Na primeira avalia os conhecimentos básicos dos candidatos em todas as áreas e numa segunda fase, conhecimentos mais específicos relacionados ao curso pretendido.

Alguns candidatos reclamaram o fato de o vestibular da instituição ser logo em seguida ao da UFPR, que terminou na terça-feira. Mas Neuza afirma que foi feita pesquisa e a maioria dos vestibulandos acham melhor desta forma, já que são do interior do Estado e fica mais difícil se deslocar para Curitiba uma segunda vez depois das festas de fim de ano.

Bancas especiais

Dezoito alunos pediram atendimento individual para fazer as provas, são estudantes portadores de necessidades especiais e outros que precisam de algum cuidado diferenciado devido a problemas de saúde. As bancas especiais estão sendo realizadas no campus do Prado Velho, mas dois estudantes estão sendo atendidos em hospitais, um na Santa Casa de Curitiba por motivo de cirurgia e outro no Hospital e Maternidade de São José dos Pinhais, devido a uma apendicite. Além desses candidatos, 26 vestibulandos precisaram de atendimento médico devido à ansiedade, dores de cabeça e problemas gástricos. Mas ninguém chegou a perder as provas.

Hoje serão testados os conhecimentos em História, Matemática e Biologia. As provas terminam amanhã, com questões de Física, Química e Geografia.

Candidatos gostaram das provas

Adriano Coelho, de 21 anos, que tenta Engenharia Mecatrônica, contou que não estudou muito mas achou as provas com um nível razoável e acha que conseguiu acertar boa parte das questões. Clóvis Müller Júnior, 18, concorre a uma vaga em Administração de Empresas. Não achou as provas difíceis, mas disse que o candidato precisava prestar muita atenção para resolvê-las. Para ele, a prova mais difícil era a de Língua Estrangeira. “Estava um pouco confusa”, explica. Ana Paula Faria achou um pouco mais puxada a prova de Literatura. “Eles exigiram bastante”, diz.

A maioria achou que o tema escolhido para a redação foi fácil. Eles precisavam dar sua opinião sobre um texto publicado no caderno Folhateen, da Folha de S. Paulo, criticando o mito de que se você é jovem e bonito todas as portas se abrirão. Quando o jovem descobre que isto não é verdade, acaba caindo num vazio. “Para a gente que é jovem e vive a situação ficou fácil falar”, comenta Adamo Iantas.

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