Professores não aceitam o abono e vão parar

Os professores e funcionários das escolas públicas estaduais decidiram ontem posicionar-se contra o abono e decidem continuar reivindicação salarial. A decisão foi tomada em assembléia promovida das 9h às 13h, no auditório do Colégio Estadual, em Curitiba.A categoria decidiu parar no dia 19 de agosto pela reposição salarial e contra a reforma previdenciária.

Os professores não aceitaram a proposta de abono salarial, pois está distante da reivindicação que o Sindicato dos Trabalhadores em Educação no Paraná (APP-Sindicato) apresentou ao governo nas negociações desde o início de 2003, de correção dos salários em 91%, conforme apuração do Dieese.

Os participantes da assembléia definiram o calendário de mobilizações, que reserva quatro datas para categoria pressionar o governo estadual por reajuste salarial e aprovação do plano de carreira e o governo federal contra a reforma previdenciária. Na primeira data, quarta-feira (6), a APP-Sindicato enviará caravana a Brasília para protestar contra a reforma da Previdência. No dia 15, será feito debate nas escolas sobre reforma da previdência e campanha salarial. Dia 19, os professores e funcionários de escola farão um dia de paralisação para cobrar salário, previdência e saúde do governo Requião. Caravanas também irão a Brasília participar de ato nacional no dia 19,convocado pela Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE).

Em Curitiba, haverá passeata da praça Santos Andrade ao Palácio Iguaçu.

A última data, 29 de agosto, será ocupada para realização de seminário estadual sobre plano de carreira dos educadores e lembrar dia 30 de agosto, Dia de Luto da Categoria pelas agressões sofridas pela categoria no governo de Álvaro Dias, em 1988.

Quanto às eleições de diretores, a assembléia estadual aprovou uma proposta de projeto de lei que será encaminhado à Assembléia Legislativa. O projeto prevê eleições diretas em todas as escolas públicas estaduais em novembro de 2003.

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