Professores aprovam greve em Cascavel

Professores municipais de Cascavel decidiram paralisar as atividades a partir de hoje até o próximo dia 31. A greve temporária foi a resposta dada ao governo municipal face ao impasse nas negociações por reajuste salarial. Enquanto a categoria pedia 5% de aumento acrescidos de mais 1% para aqueles que têm direito a subir de nível, conforme o plano de carreira, a Prefeitura sinalizou com a possibilidade de 3%, de forma gradativa e a partir de outubro – mas a proposta não foi aceita.

A ameaça de greve se arrasta desde abril, quando os professores iniciaram protesto pelo reajuste diminuindo o tempo das aulas em uma hora, todos os dias. A partir daí começaram as negociações com a Prefeitura. Reuniões foram realizadas com as secretarias de Educação e Finanças no sentido de expor aos professores o orçamento público. Na semana passada, entretanto, o município já sinalizava impossibilidade em conceder qualquer aumento.

Ontem, surpreendentemente, o secretário de Educação, Vander Piaia, retrocedeu e ofereceu reajuste de 3%, divididos em três meses: 1% em outubro, mais 1% em novembro e o restante em dezembro. A assessoria de imprensa da Prefeitura justificou a proposta como única alternativa às restrições que o município tem sofrido face às alterações na Lei de Responsabilidade Fiscal, que tirou os recursos obtidos via convênios da arrecadação pública, acarretando em aumento na percentagem desembolsada pelo orçamento para as folhas de pagamento e um ?estouro? nas contas.

Desacreditados da proposta, os professores decidiram não acatá-la. ?Não nos deram nada por escrito?, disse a vice-presidente do sindicato que representa os professores, Soeli Cikotski. ?Até a hora da assembléia o reajuste era zero; de repente, apareceram com proposta de 3%, e só para o final do ano. Como vamos ter garantias? Acreditamos que há orçamento para a reposição integral?, complementou.

Hoje os professores se reúnem em frente à Prefeitura para tentar nova negociação. ?Dependendo do que acontecer faremos nova assembléia no dia primeiro para ver se haverá ou não greve por tempo indeterminado?, adianta a sindicalista. Os professores também se reunirão em assembléia hoje com os servidores da Educação; a expectativa é que eles venham a aderir à paralisação.

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