Prefeitura de Londrina previne febre maculosa

A Prefeitura de Londrina começou uma guerra contra o carrapato que transmite a febre  maculosa. As capivaras que vivem no Parque Arthur Thomas estão sendo recolhidas para aplicação de carrapaticidas. O local é uma das áreas da cidade onde a situação preocupa mais. Segundo o secretário municipal do Ambiente, Cleidival Fruzeri, ainda não foi registrado caso da doença na cidade. A medida é preventiva.

No Arthur Thomas vivem 14 capivaras. Elas e outros animais, como quatis, são responsáveis por levar os carrapatos a todos os cantos do parque. Segundo Cleidival, é comum as pessoas passearem no local e ao embora encontrarem no corpo o Amblyomma cajennense, conhecido popularmente como carrapato estrela.

Cleidival diz que a Prefeitura resolveu conter a proliferação da espécie para evitar o contágio da febre maculosa. O carrapato é hospedeiro da bactéria Richetsia ricktsii e a transmissão ocorre com a picada do bichinho. A febre provoca dor de cabeça, vômito, manchas na pele e hemorragia. A doença pode levar à morte. Quanto mais cedo iniciar o tratamento maiores as chances de cura.

Até agora três capivaras foram tratadas. A Prefeitura também está cortando a grama do parque e passando carrapaticidas. Além disso, outras áreas da cidade estão recebendo atenção especial. A ocupação irregular Jardim Nova Conquista é uma delas. Lá existem muitos cavalos, que são os principais hospedeiros do carrapato, além de cachorros e gatos. Mas, segundo a veterinária Anne Hiltel, as pessoas não devem dar atenção apenas aos animais, devem cuidar principalmente do lugar onde vivem. Noventa e cinco por cento dos carrapatos não estão nos bichos e sim no ambiente.

Um caso

Segundo a Secretaria de Estado da Saúde, até agora no Paraná foi registrado apenas um caso da doença. Um homem de 47 anos que mora em Curitiba, mas foi infectado em um haras em São José dos Pinhais. Ele recebeu o tratamento a tempo de ser curado. Segundo o diretor do Centro de Saúde Ambiental do Estado, Natal Jataí, médicos e técnicos das 22 Regionais de Saúde estão sendo treinados para diagnosticar com rapidez a doença.

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