Curitiba

Prefeitura de Curitiba adia debate sobre salário de servidores

A Prefeitura de Curitiba prorrogou para o dia 10 de fevereiro a conclusão dos estudos dos impactos financeiros sobre os novos vencimentos básicos do funcionalismo municipal. Desde outubro uma comissão formada por servidores e por integrantes da Prefeitura discutem o tema. Inicialmente, o prazo encerraria quarta-feira. Apesar da mudança nesta data, a Secretaria Municipal de Recursos Humanos informou que a discussão em torno da redução da jornada de trabalho de 1,2 mil servidores será realizada amanhã, conforme a programação inicial, mediante um comunicado oficial sobre o retorno dos funcionários ao trabalho, o que não ocorreu ontem.

Para o Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Curitiba (Sismuc), a decisão da prefeitura demonstrou descaso com os trabalhadores e uma inversão das razões para a greve, uma vez que a paralisação não está vinculada a data de negociação, mas ao que eles consideram como exclusão de parte do funcionalismo.  ‘Mantivemos a nossa assembleia para esta quarta-feira, às 19 horas. Mais uma vez houve falta de respeito com o servidor’, comentou a diretoria de comunicação do sindicato, Alessandra Oliveira.

Aproximadamente 1,2 mil servidores da Saúde ficaram de fora do projeto de lei aprovado na Câmara de Vereadores que reduziu a jornada de trabalho de 40 horas para 30 horas, somente para enfermeiros, auxiliares de enfermagem, técnicos de enfermagem, auxiliares de saúde bucal e técnicos em saúde bucal. A carga horária destas categorias será alterada a partir de 1º de março.

A posição do Sismuc é seguir com a mobilização e a greve até a realização dessa reunião. Entretanto, a assessoria da Secretaria Municipal de Recursos Humanos alerta que a ‘prefeitura só negocia com servidores em atividade‘. Com esse impasse, os profissionais de saúde que não se enquadram no projeto de lei completam nesta quarta-feira 59 dias em greve. Na última sexta-feira, a Secretaria Municipal de Recursos Humanos enviou ofício para o Sismuc marcando o início das negociações para o dia 02, desde que os servidores encerrassem a greve. ‘Sempre falamos que encerraríamos a greve se houvesse a mesa de negociação e um calendário estabelecido’, rebateu Alessandra.