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Prédio antigo hoje abriga urubus, ratos e noias

A sede de uma das empresas símbolo da indústria paranaense hoje é um ponto de encontro de usuários de drogas e viveiro de ratos. O prédio da antiga fábrica de malas Ika, localizado na Avenida Nossa Senhora Aparecida, quase na esquina com Rua General Mário Tourinho, no Batel, tem tirado o sono de moradores e comerciantes da região.

Segundo quem vive na região, o local, abandonado há mais de 15 anos, é frequentado diariamente por moradores de ruas e viciados, que aproveitam a estrutura da antiga fábrica para consumir crack e maconha. A empresária Maria de Fátima Fernandes é proprietária de um salão de beleza que fica ao lado do prédio. Ela conta que nunca sofre nenhum tipo de violência, mas trabalha com medo de se assaltada por um dos marginais.

“Graças a Deus nada me aconteceu até hoje. Tenho salão aqui há 25 anos, mas até agora tudo bem. Mas sempre fico com receio de acontecer algo comigo e com meus clientes. Durante todo o dia os maloqueiros entram e saem do terreno para usar drogas e a gente nunca sabe o que esse pessoal viciado é capaz de fazer. Então, tem sempre que ficar de olho aberto”, explica Maria de Fátima.

O fisioterapeuta Maurício Yassaka mora no prédio ao lado da antiga fábrica há mais de 40 anos e afirma que já cansou de chamar a prefeitura e a polícia para dar um jeito na situação. “Esses dias fui obrigado a chamar a PM porque tinha mais de 20 maloqueiros fumando maconha aqui do lado de casa. A polícia chegou e só expulsou o pessoal do prédio. Mas não adianta. Eles voltam meia hora depois”, revela.

O morador ainda conta que além do entra e sai de viciados em drogas, o terreno ainda se tornou um depósito de lixo. “Aqui virou um lixão. Os moradores de rua trazem todo tipo de lixo aqui pra dentro e em certos dias o cheiro fica insuportável. E com o acúmulo de lixo, o terreno virou um viveiro de ratos. Não é raro ver esses bichos por aí na vizinhança”, reclama.

Risco e lixo

A farmacêutica Vânia Yassaka, irmã de Maurício, mora e trabalha ao lado da fábrica abandonada. Ela diz que o movimento de moradores de rua assusta clientes e funcionários da farmácia onde trabalha. “É sempre um risco, né? Usuários de drogas sempre são perigosos pois eles são capazes de tudo para conseguir mais droga e isso nos deixa em perigo constante”, alerta.

Vânia conta que o prédio abandonado também se tornou mocó de bandidos e o lixo acumulado tem atraído até urubus. “Já vi três por aqui. Eles vêm atrás dos restos de comida e ficam por aí. É horrível você ter que morar e trabalhar ao lado de um lugar que tem urubus, ratos e bandidos”, desabafa.

Fiscalização

Por meio da assessoria de imprensa, a prefeitura informou que nunca recebeu reclamações sobre o terreno através do telefone do 156, mas prometeu que, nos próximos dias, a Regional de Santa Felicidade enviará técnicos para averiguar a situação do prédio abandonado. Caso haja irregularidades, multas serão aplicadas ao proprietário do imóvel.

Gerson Klaina
População está cansada de chamar prefeitura e polícia. Em certos dias, há mais de 20 viciados.
Gerson Klaina
Lixo acumulado atrai urubus e transforma terreno em viveiro de rat,os. Cheiro é insuportável.
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