Tradição salgadinha

Preço do bacalhau varia até 70% em Curitiba. Ordem é pesquisar

No forno, panela, frigideira ou caçarola, o bacalhau é o “queridinho” dos brasileiros na Semana Santa e costuma marcar presença na ceia pascal. Apesar de ser o preferido das receitas, consumidores buscam também outros pescados, muitas vezes mais baratos. Para atrair o público em tempos de crise, comerciantes estão fazendo promoções e esperam dobrar o faturamento em relação ao ano passado.

A vendedora Renata Matos, do Empório do Bacalhau, aposta na variedade de apresentações do bacalhau que, além de ser vendido inteiro, também está disponível em cortes mais finos e até desfiado. “Aplicamos o reajuste aos pescados maiores, mas nos cortes mais finos, a gente manteve o preço mais baixo, até para manter a competitividade aqui no Mercado (Municipal) e os resultados já são notórios”.

Bruno: abrótea, o “bacalhau brasileiro,” é mais acessível. 

Sardinha, cação, tilápia e salmão também são muito procurados. O personal trainer José Antônio dos Santos costuma pesquisar os preços, mas optará por outro pescado se os valores do bacalhau estiverem além do esperado. O professor universitário Quintino Dalmolin se assustou com os preços, mas diz que não faltará bacalhau na ceia, por isso, está pesquisando. “Fui a algumas peixarias da cidade e a variação do preço está altíssima”.

Segundo levantamento do Disque Economia, serviço da Secretaria de Abastecimento da Prefeitura de Curitiba, o preço do bacalhau varia mais de 70%, o do salmão passa de 50%, o filé de tilápia acima de 30% e a sardinha inteira oscila até 40% entre os estabelecimentos da capital.

Bruno Arantes, proprietário da Peixaria Arantes, no Água Verde, diz que o movimento dobrou em relação a 2015 e, na Semana Santa, a quantidade normalmente vendida em um mês sai em três dias. “Para quem gosta do bacalhau e não quer, pois achou muito caro, há a opção de comprar a abrótea, um peixe conhecido como ‘bacalhau brasileiro’, usado no preparo do tradicional bacalhau à brasileira, que pode sair muito mais barato que o pescado importado”.