Praça da Espanha agora tem feira de antigüidades

Os colecionadores e amantes de peças raras ganharam um novo ponto de encontro: a Praça da Espanha, no bairro do Bigorrilho, em Curitiba. O local abrigará todos os sábados, das 10h às 17h, a Feira de Antigüidades, destinada a antiquários, restauradores e colecionadores. A iniciativa também pretende abrir espaço para exposições, restauração, avaliação e comercialização de antigüidades, incentivando o resgate de valores históricos e artísticos.

A primeira edição da feira, ontem, foi aberta oficialmente às 11h, em solenidade com a presença do prefeito Cássio Taniguchi. Durante o evento, a Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (ECT) lançou o bloco comemorativo Como Colecionar Selos e abriu uma exposição de filatelia, que permanecerá no Farol do Saber Miguel de Cervantes, localizado na própria Praça da Espanha, até do fim do mês.

Segundo a representante da Fundação Cultural de Curitiba, Eliane Marcassa, a feira foi criada para disponibilizar um espaço que pudesse concentrar os envolvidos no setor e oferecer um espaço diferenciado à comunidade em geral, servindo como ponto de encontro de curitibanos e turistas. Além da feira permanente, serão promovidas no local exposições temporárias, palestras e outras atividades sugeridas pelos visitantes.

“Hoje abrimos a exposição dos Correios, mas vamos fazer uma consulta entre os freqüentadores para saber quais os temas de interesse”, disse.

Expansão

A feira conta tem dezessete barracas, mas poderá ser ampliada até no máximo para 37. Para participar do projeto, proprietários de lojas de antigüidades e especialistas se inscreveram e apresentaram propostas, conforme normas estabelecidas pela Fundação Cultural de Curitiba. Todos passaram pela aprovação de uma comissão de avaliação formada por colecionadores e representantes de associação da classe.

“Uma das exigência aos expositores foi que o atendimento nas barracas fosse feito sempre por pessoas com conhecimento e experiência na área de antigüidades e restaurações, para que possam prestar corretamente as informações solicitadas pelo público”, disse Elaine.

Peças

Entre as antigüidades que podem ser encontradas na feira estão louças, cristais, metais, porcelanas, cerâmicas, quadros, gravuras, vidros, lustres, sacros e móveis. Também estão presentes objetos de colecionadores, como selos, moedas, impressos, canetas, relógios, peças de ferrovia, náutica e aviação, aparelhos elétricos, cartões e até automóveis.

O colecionador Giuseppe Stillo Neto aproveitou a feira para comercializar relógios e canetas. Entre as raridades de sua barraca, destaca-se um relógio da década de 30, em ouro 14, que custa R$ 1.000.

A Feira de Antigüidades também servirá como uma extensão do ponto de vendas de Simei e João Maoski, que, só de livros e revistas possuem mais de 10 mil exemplares. O casal mora em uma casa no Jardim das Américas (zona leste), local que virou referência para compra e venda de antigüidades.

“A feira será uma forma de ampliar a divulgação do nosso trabalho”, disse Simei. Entre as raridades que eles possuem está o Álbum do Zequinha, que se tornou famoso na década de 60, com as figurinhas de vinham em balas, e mais tarde, em uma campanha de arrecadação de impostos.

Tradição

A uruguaia Silvia Moratorio encontrou na feira uma forma de dar continuidade à tradição da família, que há anos trabalha com antigüidades. “No Uruguai isso é muito comum, e agora temos um espaço para difundir essa cultura em Curitiba”, comentou a colecionadora, que também já conta com o apoio da filha, Luciana Perez. Entre as peças raras que levaram para a exposição estão chapéus da Inglaterra, Argentina e França, vestidos e medidores de estanho.

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