Posto de saúde está abandonado em Prudentópolis

O que era para ser um posto de saúde destinado a atender à comunidade da Linha Paraná, em Prudentópolis, região central do Estado, virou desperdício de dinheiro público. As obras, paradas desde o fim da gestão municipal passada, não podem ser finalizadas pelo atual governo porque, segundo a Prefeitura, há problemas com a escritura do terreno. Enquanto isso, o prédio, depredado, serve para abrigar até mesa de pingue-pongue. A Prefeitura promete, porém, que está regularizando a situação para dar continuidade à construção.

O local onde seria o posto de saúde da comunidade, onde vivem cerca de 70 famílias, começou a ser construído na gestão anterior a do prefeito Vílson Santini, que administra atualmente a cidade. Com a paralisação, o local ficou abandonado e, hoje, está parcialmente destruído. Paredes foram quebradas e o prédio abriga entulhos e pichações. A área principal da casa virou depósito até de uma mesa de pingue-pongue.

Sem o posto, os moradores locais têm de ser atendidos no posto de saúde da comunidade vizinha, Linha Esperança, com cerca de 200 famílias e a 12 quilômetros de distância. Mas o gerente do Departamento de Engenharia da Prefeitura, Ademir Gomes da Silva, que cuida dos trâmites de regularização do terreno, garante que por enquanto a estrutura dá conta de atender a ambas as comunidades. ?Temos projeto de ampliação do posto, mas, hoje, está suprindo bem a demanda?, informa o engenheiro, que garante haver também ambulância para assistir à população da localidade vizinha.

Silva conta que, com a Lei de Responsabilidade Fiscal, é necessário que a matrícula do terreno esteja no nome do município. ?Caso contrário, não temos como prestar contas dos recursos. Mas queremos que a situação seja resolvida ainda este ano.?

Ademir Silva não sabe estimar o quanto foi investido na construção do posto até o ponto em que as obras pararam, nem o quanto terá de ser gasto posteriormente pela Prefeitura depois de prontos os papéis. O que se sabe é que, por conta do abandono, a conta deve sair muito mais alta para os cofres públicos do que deveria. ?Obras paralisadas normalmente sofrem depredação e, com isso, gasta-se mais para recuperar do que valeria a construção.?

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