Insatisfação

População sofre com greve de ônibus em Foz

Cerca de 800 motoristas e cobradores de ônibus de Foz do Iguaçu, oeste do Paraná, cruzaram os braços durante o dia ontem. Eles paralisaram suas atividades para pedir melhorias ao Instituto do Transporte e Trânsito de Foz do Iguaçu (Foztrans), autarquia da prefeitura de Foz do Iguaçu.

Os ônibus fizeram apenas duas viagens ontem, às 9h e 17h, em virtude do grande movimento de passageiros nesses horários. De acordo com o presidente em exercício do Sindicato dos Trabalhadores em Transportes Rodoviários de Foz do Iguaçu, Antônio Nereu Claro da Silva, a continuidade da greve hoje dependeria de uma reunião com representantes do Foztrans.

“Hoje (ontem) tivemos algumas reuniões com os representantes do Foztrans, mas não chegamos a um resultado final. Dependemos de outra reunião, que será feita na noite de hoje (ontem), para então saber se continuamos a greve ou não”, disse.

Segundo Silva, a categoria reivindicava a redução de jornada de trabalho de sete para seis horas, Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) acumulado dos últimos 12 meses mais 3% de reajuste nos salários.

“Queremos ainda a manutenção do emprego de 300 cobradores que poderão perder seus cargos por conta da entrada dos bilhetes eletrônicos no sistema de transporte de Foz do Iguaçu”, ressaltou Silva.

Por meio de nota publicada ontem pela Foztrans, a prefeitura de Foz do Iguaçu lamentou a paralisação. Segundo a nota, as empresas concessionárias em Foz do Iguaçu oferecem reajuste de 6% sobre o piso da categoria, porcentagem superior ao INPC acumulado no período que foi de 5,31%.

A nota ressalta ainda que o piso dos motoristas que também trabalham como cobrador é de R$ 1.431 mais cesta básica no valor de R$ 201,40 o que totaliza R$ 1.632,40. Já o cobrador tem piso salarial de R$ 858,90 mais cesta básica de 154,90 totalizando R$ 1.013,80.

“Estão sendo tomadas todas as providências jurídicas cabíveis para manter o atendimento da população”, diz a nota. Quanto aos cobradores, a Foztrans afirmou que nos últimos quatro meses uma das empresas contratou 39 novos cobradores.

Londrina

Representantes do Sindicato dos Trabalhadores em Transporte de Londrina (Sintroll) passaram a tarde de ontem reunidos com o integrantes do Sindicato das Empresas de Transporte Coletivo Urbano de Passageiros e de Característica de Metropolitano de Londrina (Metrolon), que representa as empresas Transportes Coletivos Grande Londrina e Londrisul.

A Metrolon teria sugerido um aumento de 5,5% no salário da categoria em troca da extinção do cargo de cobrador. A Sintroll rejeitou as propostas na semana passada e na última segunda-feira, e ameaçou paralisar as atividades dos motoristas por duas horas caso não houvesse acordo na reunião de ontem. Até o fechamento desta edição, as duas partes, mediadas pela Companhia Municipal de Trânsito e Urbanismo (CMTU), ainda não tinham uma definição.