Policiais de região de Londrina cruzam os braços

A reivindicação pela aprovação do Plano de Cargos, Carreira e Salários (PCCS) e por melhores condições de trabalho motivou uma paralisação dos policiais civis de Londrina e de outros municípios da região norte do Estado.

Ontem, os policiais cruzaram os braços e apenas os serviços essenciais foram mantidos. A guarda de presos e o atendimento de casos em flagrante não foram prejudicados.

A categoria quer pressionar o governo estadual a enviar com urgência um projeto de lei sobre o plano para votação na Assembleia Legislativa. Em Curitiba, não houve paralisação.

A maior parte dos policiais se concentrou na delegacia central de Londrina. O protesto durou apenas um dia. No entanto, outra paralisação já está marcada para o dia 22, caso não haja avanço nas reivindicações até lá.

O movimento Operação Padrão, composto por policiais civis de todo o Estado, realizou apenas blitze nas delegacias da capital. O Sindicato das Classes Policiais Civis do Estado do Paraná (Sinclapol) não apoiou as manifestações.

Segundo Ademilson Antonio Alves Batista, presidente do Sindicato dos Policiais Civis de Londrina e Região (Sindipol), houve um atraso de três anos para a elaboração do PCCS, que ficou pronto no final de 2008. Agora, conforme Batista, também existe lentidão dentro do governo para que repasse o projeto de lei que trata sobre o assunto para a Assembleia.

“Se já tivessem mandado, a gente não estaria fazendo a paralisação”, indica. Batista estima que todos os policiais de Londrina – aproximadamente cem policiais – aderiram ao movimento.

Na capital, o grupo Operação Padrão – que não tem ligação com qualquer sindicato – esteve em delegacias para chamar atenção para a necessidade da aprovação do PCCS.

“Decidimos aqui pela não paralisação. Fizemos blitze educativas com os colegas em algumas delegacias, acompanhadas por um fiscal do trabalho, para avaliar as condições”, afirma Eyrimar Bortot, coordenador geral do movimento.

A Secretaria de Estado da Segurança Pública (Sesp), procurada pela reportagem para comentar as manifestações, informou por meio de assessoria que não vai se pronunciar sobre o assunto.