Pintura decorativa é a “febre” do momento

Aquele móvel antigo que está encostado em uma dependência da casa e mesmo a parede irregular que tem como único projeto a demolição podem ganhar novo valor com uma pintura decorativa. Aliás, esta é uma proposta moderna e uma tendência que atinge diversas camadas sociais. A ousadia não está presente apenas nos estabelecimentos comerciais, mas em residências que cada vez mais abandonam a parede lisa e quadrada para dar espaço ao rústico. “É moda. Se você tem um imóvel com parede irregular, por que não torná-la irregular por completo?”, sugere o pintor Amauri de Assis Silva, que está na profissão há mais de vinte anos.

Em 1995, Amauri se voltou para a pintura imobiliária, mas resolveu investir na pintura decorativa e encontrou um nicho de mercado crescente. “Além do aproveitamento melhor dos espaços, as pessoas querem realçar os ambientes”, conta. Para dar às paredes um ar inusitado, ele domina mais de vinte técnicas, entre texturas, grafiatos, revestimentos romanos, travertino, espatulados. Já nos móveis e paredes de madeira são usadas as pátinas, decapês e até laqueamentos com massa. “Com o trabalho de massa é possível transformar uma porta deteriorada e antiga numa porta moderna”. Segundo ele, é crescente o número de pessoas que buscam nas restaurações de peças e ambientes a valorização de uma residência.

Dedicação

Mas é preciso vocação para se dedicar à pintura decorativa. “É uma trabalho que foge da pintura tradicional. É preciso gostar muito, ler e pesquisar para acompanhar as tendências”, ressalta. Além de entender das técnicas, é preciso saber criar nuances e entender das cores da moda, que atualmente estão por conta dos azuis, amarelos, mostardas e verdes.

Se há materiais caros para aplicar as técnicas, como gel e reagentes, os efeitos ousados podem ficar por conta de pedaços de panos (trapos), esponjas, pentes de cabelo e até texturas feitas com sacolas plásticas e espatulados com garrafas Pet. “Tudo que não é usado numa parede lisa, pode dar um efeito especial na decorativa”, explica. O preço varia conforme a técnica empregada, mas o pintor acredita que ainda assim é mais barato que revestimentos comuns e uma forma de aproveitar melhor o que não tem utilidade.

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