Piloto de ultraleve pode sair voando sem brevê

Dois acidentes envolvendo ultraleves na região de Curitiba nos últimos dois dias despertaram a curiosidade sobre a segurança da espécie de aeronave. Para se dirigir um ultraleve (avião de peso inferior ou igual a 400 quilos) não é necessário nenhum tipo de cadastramento. Nos clubes de ultraleve, existe uma fiscalização, a exigência de oito horas mínimas de treinamentos, além da Carteira de Piloto Desportivo (CPD). Todavia nada impede que alguém que tenha R$ 5 mil para investir num dos modelos mais baratos, compre um ultraleve e saia voando por aí.

Conforme o diretor de segurança de Vôo do Aeroclube do Paraná, Luiz Carlos Fernandes de Souza, esse procedimento é até comum no interior do Estado. A fiscalização deveria ser feita pelo Departamento de Aviação Civil (DAC).Souza explicou que muitas vezes o contigente de funcionários é insuficiente. “Nos clubes de ultraleve há a fiscalização sobre as pessoas que voam. Mas a imprudência de pessoas que resolvem voar por conta própria pode gerar acidentes”, alertou.

Para o presidente do Ultraleve Clube de Curitiba, Maurício do Carmo, existe o perigo de esses “aventureiros” acabarem causando acidentes graves. “Todos os pilotos que fazem parte de clubes têm rádios em suas aeronaves e fazem contato com os aeroportos para divulgar suas rotas e serem acompanhados por radares. Os “piratas? não fazem isso e acabam correndo risco de causarem acidentes com aeronaves comerciais”, destacou.

Carmo explicou que são seis clubes de ultraleves na Grande Curitiba. “Todos os pilotos são donos dos ultraleves. Nosso trabalho é feito de maneira séria”, afirmou, apontando para as falhas existentes na fiscalização dos ultraleves. Ele destacou que cada piloto deve ter a sua própria aeronave e se responsabilizar pelo seus atos pilotando. (LM)

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