Parolim sofre com falta de segurança

Um dos maiores bairros de Curitiba, o Parolim, vem enfrentando uma série de problemas sociais. Grande parte da população do lugar sofre devido à pobreza, falta de segurança, saneamento básico e habitação. Para encontrar soluções, o Comitê de Gestão de Interesse das Sociedades, formado por representantes de diversas organizações e que também atende os bairros do Rebouças, Vila Hauer, Vila Fanny e Vila Guaíra, realiza reunião hoje, às 17h, no Instituto Salesiano de Ação Social.

Segundo o advogado e integrante do comitê, João Carlos Régis, o Parolim é um lugar de grande densidade populacional, comercial e industrial. Porém é também um dos maiores cinturões de pobreza da capital. “É uma região de grande carência, cujos moradores precisam de ajuda”, afirma.

Os habitantes, em sua maioria, são catadores de papel, que se instalaram no Parolim por ele estar localizado próximo ao centro da cidade. O dinheiro que ganham não é suficiente para dar condições dignas de vida à família. “Uma de nossas maiores preocupações são os filhos destes catadores”, conta. “Geralmente, os adultos saem cedo para trabalhar e levam as crianças junto, dentro dos carrinhos de catar papel. Assim, estas crianças ficam fora da escola. Em vez de passar o dia estudando ou brincando, passam ajudando os pais no trabalho.”

Já o presidente da Associação de Moradores do Parolim, Edson Pereira Rodrigues, revela que o lugar também sofre devido à prostituição infantil, o uso e o comércio de drogas, fome e desemprego. Além disso, os altos índices de violência vêm fazendo com que muitas pessoas se mudem e com que moradores de outros bairros desviem caminho para não precisar passar por certas regiões do Parolim. “Muita gente só não sai do lugar porque não tem para onde ir. Habitantes de outras regiões não querem vir para cá e, muitas vezes, evitam até de passar por aqui. É muito triste, pois o bairro está em uma situação lamentável.”

Tanto Régis quanto Edson contam que uma série de ações sociais são desenvolvidas no bairro, mas não de forma conjunta. “Existem muitas ações isoladas. O objetivo do comitê é integrá-las e contribuir para que elas realmente obtenham sucesso, sendo planejadas e efetuadas de forma eficiente”, comenta o advogado. O comitê conta com o apoio da organização não-governamental Comunicação e Projetos para o Terceiro Setor (Comter), que trabalha na criação e viabilização de projetos sociais para assegurar a melhoria na condição de vida da população.

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