Papai Noel: profissão temporária e prazerosa

Eles são pintores, artistas, comerciantes e eletricistas durante o ano todo. Quando o Natal se aproxima, deixam tudo de lado para se transformar num dos personagens mais queridos da criançada: o Papai Noel. Desde meados de novembro, eles estão espalhados por toda a cidade, ajudando crianças de todas as idades a tornar o sonho do Natal uma realidade.

Luimar Narciso Staben, 57 anos, é comerciante. Mas em novembro ele deixa a mulher cuidando da mercearia, em Pinhais, e passa seis horas por dia em um shopping, ouvindo o pedido de crianças. A procura pelo bom velhinho é tanta, que quase nem sobra tempo dar entrevista. Enquanto ele conversa, as crianças ficam olhando com cara de impacientes.

Luimar conta que é Papai Noel há apenas três anos. Nunca pensou em trabalhar assim. Foi surpreendido pelo convite quando andava pela rua. "Sempre tive barba grande", fala. Depois foi só dar um jeito nela para que ficasse branquinha.

Luimar diz que adora ser Papai Noel, e nem a roupa quente o incomoda. Mas além de ser um trabalho prazeroso, também representa uma grana extra para a família. A renda é quase equivalente ao que ganha na mercearia. "Na situação atual um dinheirinho a mais sempre ajuda", fala.

Daniel Noindorf, 57 anos, também aproveita a época para engordar o orçamento da família. Há 23 anos troca a profissão de técnico em eletrônica para trabalhar como Papai Noel. Os preparativos começam em maio, hora de deixar a barba crescer. Depois é só vestir a roupa vermelha, e ficar a cara do Noel. A pele branca e os olhos azuis são naturais devido a origem alemã.

Mas não é qualquer pessoa que consegue ser um bom Papai Noel. Precisa ter carisma, transmitir alegria e principalmente, gostar de crianças. Daniel se encaixa direitinho neste perfil. "Quando chego aqui deixo a tristeza do lado de fora", explica.

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