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Pais impedem fechamento de escola rural na RMC

A polêmica em torno da Escola Municipal Antonio Prado, em Almirante Tamandaré, na Região Metropolitana de Curitiba (RMC), ainda persiste. Ontem, pais de alunos contrários ao fechamento do estabelecimento entraram no terreno da escola e impediram que a prefeitura fechasse o espaço.

De acordo com a advogada que representa o grupo que quer manter o local em funcionamento, Myrian Pilar Oliveira Rosa, a comunidade promete resistir. “Os pais não aceitam que essa escola simplesmente feche. Estamos esperando o pedido de reconsideração feito no Tribunal de Justiça do Paraná (TJ-PR). Enquanto esse pedido não sai, as pessoas vão continuar a protestar”, informa.

Ainda ontem, no período da noite, estava marcada uma reunião com a comunidade para discutir o que deve ser feito para seguir com a mobilização. Rosa diz ainda que possivelmente hoje aconteça um encontro com o governador. “Ainda não está certo que essa audiência com o governador aconteça, mas esperamos que isso ocorra”, aguarda.

O secretário municipal de educação de Almirante Tamandaré, Romildo Brito, lamenta que não tenha conseguido realizar o primeiro dia de atividades para crianças que participam do Programa de Erradicação do Trabalho Infantil (Peti), que serão realizadas onde funciona o colégio Antonio Prado.

“A escola não vai simplesmente fechar, como pensam algumas pessoas. Ela agora vai abrigar esse programa, que vai atender 140 crianças. Foi uma pena que não tenha ocorrido atividades, mas o planejamento feito pela secretaria ainda continua. Acredito que ainda essa semana esse programa já esteja a pleno funcionamento”, afirma.

Brito diz que os pais dos alunos estavam cientes do encerramento das atividades desde 24 de março, e que foi feito um convite para os pais conhecerem as escolas da região: Arco Íris, Gramados e Alvorada.

O secretário promete ainda entrar com uma representação judicial contra o movimento e que vai chamar o Conselho Tutelar para os pais que não estejam mandando seus filhos para a escola. “Essas pessoas estão ignorando uma medida judicial. Vamos tomar todas as medidas cabíveis”, encerra.

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